Artur Brandão, CD Feirense
Adepto, jogador, dirigente, treinador, presidente… Artur Brandão, de 80 anos, é uma espécie de faz-tudo na história do Feirense, um clube que se confunde até com a sua própria identidade. Sócio do emblema da terra há 60 anos, Artur Brandão é uma incrível fonte de histórias, que vão desde os seus tempos de jogador ("era um craque!", exclama) até aos seus tempos de dirigente. É uma vida inteira ligada ao emblema de Santa Maria da Feira, o qual recentemente o premiou de forma simbólica, ao dar o seu nome à escola de futebol do clube.
Mas comecemos pelo início. De onde veio essa ligação ao Feirense? Tudo começou quando, entre amigos, ainda em miúdo, jogava à bola no meio da estrada, junto à sua casa. Dali, a paixão pela bola e a amizade levou-os para o campo de futebol do clube da terra. "Na altura, não havia mais nada para distrair a juventude", recorda, lembrando que o Feirense era um clube de caçadores, com as especialidades no tiro aos pratos e tiro aos pombos. Mas era o futebol que o entusiasmava.
Não era só o futebol. Era especialmente o Feirense. Chegou a ser jogador do FC Porto nos juniores, mas não era aquilo que pretendia. "Não gostei do ambiente. Tinha medo do profissionalismo – eu estava à porta disso, mas fugi, não quis – e tinha em mente que a camisola de que eu gostava era a do Feirense. Queria o Feirense, gostava daquela camisola, daquele clube. Se jogasse no regional ou no nacional, tanto fazia."
E quando um jovem mete algo na cabeça… é muito difícil demovê-lo. Apareceram Sporting, Vitória de Guimarães e Académica no caminho, mas não havia mesmo volta a dar. Era o Feirense. "Foi sempre um amor cego", que depois da carreira de jogador (pendurou as chuteiras aos 32 anos) o levou à função de presidente. "Fui logo convidado para essa função, andei 14 anos na direção e fez-se uma obra bonita", frisou.
O problema foi que ao longo da sua carreira também foi encontrando outros craques. Como diante do Benfica, quando Artur Brandão viveu o jogo mais marcante. Até marcou o primeiro golo da partida, mas depois tudo mudou de figura, por causa de um tal de… Eusébio. "Quase que empatávamos… pois o Benfica só marcou seis! (risos) O Eusébio resolveu marcar quatro golos fantásticos e resolveu o jogo", relembrou.
E, aos 12 anos, o pequeno Manuel diz querer seguir os passos do avô, mas Artur Brandão retira um pouco a pressão dessa herança. "Ele diz que quer sempre jogar no Feirense, quer seguir o que o avô fez. Diz que ‘é do Feirense e mais nada’. Mas só tem 12 anos, ainda é muito cedo. É raro e difícil de concretizar. Se for mesmo jogador nunca mais aqui para!"
» A determinada altura, na condição de presidente, criou uma equipa só com jogadores portugueses, vários da região, que foi campeã na Segunda e subiu à Primeira Divisão. "Atingiu muita fama por isso. Parece ser uma aposta louca, mas deu certo", recorda.
João Monteiro, Portimonense SC
Márcio Teixeira, Moreirense FC
Joaquim Vareiro, Rio Ave FC
Ana Fernandes, CF Os Belenenses
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Triunfo indiscutível por 5-0