“Fiz aquilo que qualquer adepto do Benfica gostava de ter feito...”

Emílio Júnior, SL Benfica

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Emílio Júnior, SL Benfica

Aos 97 anos, Emílio Andrade Júnior é mais do que um adepto do Benfica. É um nome que se confunde com a história do clube da Luz. É um dos sócios mais antigos (é o número 5, depois da renumeração de 2015). Ligado desde sempre aos encarnados, Emílio é dono do conhecido restaurante Adega da Tia Matilde, frequentado todos os dias por várias figuras ligadas ao futebol nacional e onde, durante anos, o "filho adotivo" Eusébio passava os seus dias.

A escassos dias de completar 97 anos (celebrou-os a 2 de abril), recebeu-nos no seu espaço e, na companhia da filha Isabel, fez uma resenha daquilo que representa para si o Benfica. A começar, naturalmente, pelo início.

"O amor ao Benfica é uma coisa que se cria com o tempo." Emílio Júnior aponta a Fernando Lacerda, um amigo de infância, a responsabilidade pela sua paixão benfiquista. "Foi ele quem me conduziu. Cheguei a ir ao campo das Amoreiras, na altura para um treino, porque ele embirrava comigo para eu ir. ‘Vai lá, vai lá, pode ser que fiques!’ Lá fui… para nunca mais", recorda.

Se o papel de jogador foi para "nunca mais", o de adepto… foi o oposto. "É verdade que cada um tem a sua maneira de sentir e viver as coisas, mas digo-lhe que o Benfica foi uma das coisas a sério que levei na vida. Sério a ponto de o Benfica ser uma das coisas da minha vida, algo muito especial. Confesso que não estou nada arrependido. Antes pelo contrário. Em todo este tempo, o Benfica deu-me momentos maravilhosos. Só quem o vive e sente é que pode dizer o que é o Benfica."

Desengane-se quem acha que na infância de Emílio apenas havia benfiquistas por perto. Um dos seus melhores amigos foi jogador do Sporting (Octávio Barrosa). "Quando era miúdo, o pai dele equipava-o de Sporting para jogar à bola aqui nas terras. Andava com as suas botas de futebol, aquelas coisas todas…" Mas não havia volta a dar. Era o Benfica.

Um amor que perdura, até porque com o Benfica sente que viveu tudo aquilo que podia ter vivido. "O que pode o Benfica dar-me mais? Deu-me tudo! Deu-me provas de ser bem tratado, de me sentir bem com eles. Rapaz, eu fiz aquilo que qualquer adepto e sócio do Benfica gostava de ter feito. Gozei aquilo que vivi… Esta coisa de ser benfiquista… Temos um hino que toca antes dos jogos, que é realmente o que a gente pensa quando gosta daquilo. Está muito bem feito. Não é preciso dizer mais nada."

» Pela mão de Manuel Afonso, um sócio do Benfica, foi aos seis anos assistir ao primeiro jogo do clube. "Não me recordo do adversário, mas recordo-me de ter entrado no campo das Amoreiras. Lembro-me de andar aos ombros dele a ver o futebol."

» Viagem mais longa? "É fácil, essa é fácil! Integrei uma digressão que começou nos Estados Unidos e, depois, fomos parar à Coreia! Isto em 1970…", recorda, de sorriso no rosto.

» Há cinco anos que não vê nenhum jogo do Benfica ao vivo por indicação do seu médico.

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