Francisco Martins, CD Aves
Época 2014/15. Segunda eliminatória da Taça de Portugal. Quis o sorteio que o Aves fosse jogar a quase 500 quilómetros, na cidade alentejana de Aljustrel, para um duelo que não atraía muito interesse nos fãs avenses. A viagem era longa e, para mais, o adversário não lançava "aquele" apelo. Nada que demovesse Francisco Martins, um ferrenho adepto de 23 anos... Depois de apurar junto dos restantes adeptos a sua disponibilidade, decidiu fazer-se à estrada sozinho, para seguir o clube da terra e esse momento acabou por lhe mudar a vida.
"Apanhei o comboio em Campanhã e fui até Grândola. Daí fui de táxi até Aljustrel." Estava encontrado o destino. O jogo lá se disputou, o Aves venceu (3-0) e era hora de voltar. E aqui veio a surpresa, que acabou por lhe abrir outras portas que o deixaram ainda mais ligado ao clube. "O diretor desportivo da equipa disponibilizou-se para eu vir no regresso com a equipa." E assim foi. Dali iniciaram-se alguns contactos, até que Francisco Martins "abandonou" o papel de mero adepto e assumiu uma outra posição, a de treinador. Primeiro nos juvenis, depois nos juniores e, atualmente, na equipa de futsal feminino sénior, isto depois de, no seu percurso de formação, ter igualmente sido jogador do clube. Uma (curta) vida de muita ligação ao Aves…
Ligação essa que o leva a seguir atentamente as suas pisadas, mesmo que não seja "um clube de ganhar". "É um clube habituado a ter épocas razoáveis e o amor à camisola, principalmente nos clubes ditos mais pequenos, é isso, é as pessoas dedicarem-se ao clube da terra. Seja o futebol de 11, futsal, formação… Seja a ajudar, treinar, dirigir ou apenas apoiar", resume.
Mesmo assim, desengane-se quem pensa que Francisco Martins vê o seu Aves como um clube "pequeno". "O Aves, de há uns anos para cá, tem-se tornado num clube grande, com mística e identidade, e é à custa disso, com adeptos como eu, que tem crescido e sei que continuará a crescer." Crescimento que, com orgulho, recorda ter tido o "dedo" da sua família, já que há cerca de 10 anos um tio seu foi o presidente. "A minha família é toda ligada ao clube. O meu pai é sócio e foi ele quem também me tornou sócio, tanto a mim como ao meu irmão, que também foi um dos fundadores da Força Avense. Todas essas coisas acabaram por me aproximar do clube. Um tio meu, inclusivamente, foi presidente do clube. As ligações eram já grandes e, com uma pessoa à frente do clube que é nosso familiar, ainda mais forte se tornam", confessa.
Valores esses que, no seu entender, passam pela "humildade, o respeito e o trabalho", um triângulo de forças que Francisco Martins procura sempre que possível passar a quem está a dar os primeiros passos no clube. "Para sentir o que é o Aves, para saber o que é, é vir até nós! Envolver-se no meio das pessoas que se dedicam ao clube. Toda a gente que se vai inserindo no clube tem percebido que o Aves se preza por ser sério, com envolvência e uma identidade. Acho que isso é o maior cartão de visita para quem vem de fora, para que quem nunca teve uma ligação ao Aves poder ficar a gostar do clube, para se identificar com o Aves", explica.
» A maior deslocação que fez para ver um encontro do Aves foi até ao Algarve;
» No que toca a superstições, Francisco não é detalhista, mas procura evitar certas peças de roupa, para não dar azar.
» A recente promoção, alcançada no ano passado, na visita ao União da Madeira. "Nem foi tanto pelo jogo em si, mas sim pelo percurso feito. Acaba por ser marcante também. Foi o concretizar de um sonho", explica.
João Monteiro, Portimonense SC
Márcio Teixeira, Moreirense FC
Joaquim Vareiro, Rio Ave FC
Ana Fernandes, CF Os Belenenses
Senne Lammens chegou a Old Trafford como ilustre desconhecido mas já tem cântico dos adeptos
Ivan Klasnic, atualmente com 45 anos, já foi submetido a três transplantes de rins
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Triunfo indiscutível por 5-0