Viver o clube como se fosse uma pessoa de família

Conceição Casaca, Vitória FC

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Conceição Casaca, Vitória FC

"Costumo dizer que não sou do Vitória. Eu sou o Vitória." É assim, desta forma curta e simples, que Conceição Casaca, de 78 anos, nos explica aquilo que significa para si e para a sua vida o emblema da sua terra, o Vitória Futebol Clube. "O Vitória para mim é como se fosse uma pessoa. Tive um pai jogador do Vitória, e um irmão também, e eu tinha de ser Vitória. Não podia ser outra coisa. O Vitória já está enraizado na minha vida."

Sócia há 56 anos (tem o número 229 no seu cartão de associada), Conceição foi "captada" para o clube desde bem cedo, logo com três anos, quando o seu pai a "arrastou" para os jogos do clube sadino. Antigo futebolista do Vitória, Vitorino Augusto Casaca foi o responsável por esta paixão, que leva Conceição a estar todos os dias, pela manhã, no Bonfim. "Estou todos os dias lá. Convivo com os jogadores e com o treinador. É algo que me ajuda na vida", confessa.

Falando em treinador, José Couceiro tem, para esta ferrenha adepta do Vitória, um estatuto… especial. "Tenho uma ligação muito grande com o José Couceiro. Digo-lhe que é o melhor treinador do mundo, mas só porque o conheço há muitos anos. Não o conheço só de agora. O José Couceiro é como se fosse um amigo", admite.

"Foi uma final que durou 144 minutos! Foi a mais longa e bonita que se viu em Portugal. Era um jogo em que qualquer uma das equipas presentes em campo podia ter ganho. Foi cansativo, mas acabou por ser bonito." Bonito pela envolvência, pelas quase duas horas e meia de futebol, mas também pelo facto de ter sido ali que o Vitória conquistou a segunda das três Taças de Portugal que tem agora no seu museu.

No passado, Conceição percorreu o país atrás do seu clube, mas agora, com o avançar da idade, essas aventuras têm de ser feitas de forma pontual. Uma das mais recentes, confessa, acabou por ser duplamente complicada.

Aconteceu em Braga, aquando da final da Taça CTT, que os sadinos perderam frente ao Sporting, no desempate por grandes penalidades. Ainda assim, pior do que a derrota, explica, acabou por ser a dificuldade que sentiu no interior do Municipal de Braga, devido à necessidade de subir várias escadas até ao local nas bancadas. Ainda assim, há sempre um lado positivo na história, que mostra bem a figura importante que esta adepta representa. "Tive pessoas a perguntar se precisava de ajuda. Fui ajudada por vários adeptos que não conhecia, mas eles já me conheciam! Viam que já não conseguia e ajudaram-me".

» Não tem uma superstição fixa, mas quando se recorda de algo que dá sorte… tenta manter. "Se ganhou com este, levo este…", atira.

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