Paulo Pereira, selecionador nacional de andebol, considerou que a regra que permitiu ao Brasil dispor de um livre de 7 metros no último lance e, assim, empatar (28-28) o jogo com Portugal, tem de ser revista. O treinador português acrescentou que "a proporcionalidade da punição não está de acordo com a possibilidade de se marcar golo numa circunstância daquelas."
"O Brasil tem atletas que jogam em clubes de referência europeus, nós também, e obviamente sabíamos que ia ser uma luta dura e foi, até ao fim. Já estávamos alertados disso e acho que toda a gente se integrou ao jogo e no final tivemos este percalço. A questão dos três metros nos últimos segundos é uma regra que, ainda há bocado comentei com as pessoas da IHF, tem de se rever, porque a proporcionalidade da punição não está de acordo com a possibilidade de se marcar golo numa circunstância daquelas. Ou seja, temos um livre de nove metros, faltam seis segundos, qual é a possibilidade de se marcar golo nessa circunstância ainda por cima com barreira à frente, mesmo que a barreira esteja à distância de três metros. É muito difícil e depois a punição é um livre de sete metros", disse Paulo Pereira depois da partida.
Recorde-se que o jogo terminou com a vitória de Portugal mas a dupla de arbitragem, após rever o lance, considerou que Alexis Borges não cumpriu a distância de três metros num livre de 9 metros que foi assinalado a favor do Brasil no derradeiro ataque, dando então aos canarinhos um livre de 7 metros - que culminou em golo e empate final.
Concretamente sobre o resultado, Paulo Pereira admitiu que "compromete, mas o Brasil já demonstrou que tem vindo a crescer, não só nesta competição, mas desde o início da preparação, e pode chatear mais alguém": "Para já vamos pensar no jogo com Cabo Verde, que vai ser também difícil, e prepararmo-nos da melhor forma para poder vencer Cabo Verde".
Por Record com Lusa