Atleta ugandês assumiu que chegou a Portugal motivado para tentar fazer "alguma coisa" especial
Para se chegar a um tempo como aquele que Jacob Kiplimo fez em Lisboa, no domingo, é preciso muito treino e o ugandês não foge à regra. Depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020, descansou "três dias" e voltou à carga, primeiro para atacar Prefontaine Classic, em finais de agosto, e depois a EDP Meia Maratona de Lisboa. O foco estava colocado em fazer algo especial na cidade portuguesa e a confirmação de que a preparação foi bem feita surgiu há poucos dias, num treino que... assusta, especialmente porque foi feito a perto de 2000 metros de altitude, em Kapchorwa, e com um perfil de sobe e desce
"Vim para cá a saber que podia fazer alguma coisa... Porque o último treino longo que fiz no Uganda foram 20 quilómetros em 58 minutos. Depois na viagem para cá sentia que podia fazer algo especial. Não quis dizer que ia bater o recorde do Mundo, mas estava bem preparado para isso", confidenciou o ugandês, que por lado assumiu ter sentido que podia ter feito ainda melhor tempo caso não tivesse estado sozinho em praticamente toda a prova e ter também sentido algum vento nos últimos 3 quilómetros. Nada que o impedisse, ainda assim, de cravar o relógio nos 57.31 minutos, um segundo mais rápido do que o anterior recorde mundial.
Uganda prepara 'assalto'
Kiplimo é a mais recente estrela de um país que despontou há pouco tempo, muito por culpa das transformações que sucederam no país. "Muitas coisas mudaram. Antes não havia sítio para treinar, o Stephen [Kiprotich] treinava no Quénia, por exemplo, não havia bons treinadores. Alguns anos depois, comaçaram a abrir espaços de treinos e os atletas vieram cá para treinar, sentiram que queriam ser como eles [os atletas de elite]. A partir de 2016 começaram a aparecer mais clubes. Agora temos alguns bons atletas, sete ou oito, e espero que nos próximos dois a três anos vejamos mais ugandeses em todo o lado a ganhar, da meia à maratona", desejou o jovem atleta, que espera "inspirar" os jovens compatriotas com os seus feitos.
Além do vencedor da EDP Meia Maratona de Lisboa, do Uganda 'saiu' recentemente Joshua Cheptegei, o atual recordista dos 5.000 e 10.000 metros, mas também dos 5 e 15 quilómetros em estrada. Kiplimo, por seu turno, oficialmente terá apenas o da meia maratona, mas a verdade é que em Lisboa conseguiu, de forma oficiosa - e que não deverá ser homologado como tal -, fazer um parcial de 15 quilómetros mais rápido do que o recorde do compatriota (40:27 contra 41:05).
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