Cissé, condenado em primeira instância a três anos de prisão, dois dos quais suspensos, em setembro de 2020, foi também considerado culpado de ter recebido 3,45 milhões de euros, para retirar atletas russos da lista de casos suspeitos de doping.
O advogado Habib Cissé, antigo assessor de Lamine Diack, ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), agora rebatizada de World Athletics (WA), negou esta quarta-feira em tribunal ter participado num esquema de ocultação de casos de doping de atletas russos.
"Lamine Diack dizia-nos que não era possível suspender os atletas se os casos não fossem evidentes. Tínhamos que escolher, fazer caso a caso, dependendo do nível de doping", lançou Cissé, de 52 anos, durante a sua audição no Tribunal da Relação de Paris, citado pela agência de notícias francesa AFP.
O responsável sublinhou que os procedimentos de notificação de vários atletas suspeitos de doping desde novembro de 2011 foram "selecionados" um por um, porque os casos detetados graças ao passaporte biológico, instituído dois anos antes, "não tinham o mesmo grau de maturidade".
A missão de Habib Cissé, na altura, consistia em notificar Valentin Balakhnichev, então presidente da Federação Russa de Atletismo, de casos suspeitos que precisavam de ser investigados. "Foi educativa: informar, explicar e assistir" os dirigentes desportivos russos, que eram "ferozmente contrários" à implementação do novo passaporte biológico, vincou.
Mas, para a justiça francesa, Lamine Diack montou com o seu filho, Papa Massata Diack, responsável pelo marketing dentro da IAAF (que desde então se tornou na WA), um esquema de corrupção para atrasar os procedimentos de sanção, permitindo que atletas russos participassem nos Jogos Olímpicos de 2012.
Segundo a acusação, em troca, os patrocinadores russos renovaram os seus contratos de parceria com a IAAF para o Mundial de 2013 em Moscovo. "Só no final de 2012, quando o senhor Balakhnitchev se recusou a aceitar cinco cartas de notificação, percebi que havia um problema", disse Habib Cissé. "A oportunidade que queríamos dar ao lado russo não funcionou. Tínhamos que entrar em litígio", algo que já não era do seu domínio de competências, acrescentou.
Cissé, condenado em primeira instância a três anos de prisão, dois dos quais suspensos, em setembro de 2020, foi também considerado culpado de ter recebido 3,45 milhões de euros, para retirar atletas russos da lista de casos suspeitos de doping.
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