Suspenso provisoriamente desde dezembro do ano passado devido a falhas no sistema de localização, o ucraniano Roman Kokoshko viu esta terça-feira confirmado o seu impedimento de competir por um período de 22 meses (a partir de 20 de dezembro do ano passado). De acordo com o comunicado da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), o atleta vinculado ao Sporting, de 28 anos, cometeu três falhas no procedimento de controlo de localização no espaço de onze meses, entre 1 de janeiro e 29 de outubro do ano passado.

A primeira, ocorrida no primeiro dia do ano passado, foi imposta devido à ausência de inserção dos dados de localização na plataforma dedicada, apesar de ter sido alertado para a necessidade de fazê-lo em finais de novembro de 2023. A segunda falha surgiu a 2 de maio, quando o agente de controlo visitou a morada providenciada (em Monte Gordo) e, após esperar uma hora e tentar contactar o atleta, impôs-lhe nova falha. A terceira, e falha definitiva, aconteceu a 29 de outubro, quando o agente de controlo tentou testar o atleta em Lisboa, mas não obteve qualquer resposta - tendo-lhe sido dito pelo segurança que o atleta não estava na morada em causa desde 1 de setembro.

Em defesa pela terceira falha, Kokoshko assumiu ter cometido um erro e pediu desculpa pelo sucedido. "O atleta explicou que tinha uma lesão que requeria uma cirurgia, mas que devido ao elevado número de pessoal militar a receber tratamento médico na Ucrânia a operação não podia ser feita imediatamente. Por isso, o atleta decidiu ir para Portugal e esperar a cirurgia. Contudo, o atleta explicou que a 27 de outubro recebeu uma notificação de última hora, dando-lhe conta de que a operação poderia ser feita no dia seguinte na Ucrânia, levando-o a viajar para Kiev, mas falhou na atualização da sua informação de localização".

Uma justificação que ajudou a AIU a atenuar a pena aplicada - isto para lá de toda a situação que se vive no seu país natal -, baixando-a dos habituais dois anos para 22 meses. Desta forma, Kokoshko ficará impedido de competir até 20 de outubro de 2026.

Além da suspensão definitiva de Roman Kokoshko, a AIU anunciou ainda a sua decisão relativa a Dominique Mulamba, sprinter congolês que acusou positivo num teste realizado durante os Jogos Olímpicos Paris'2024. No caso, o atleta africano é suspenso por quatro anos, até 10 de agosto de 2028.