Auriol Dobgmo, com 19,53 metros, alcançou melhor marca mundial do ano no peso
O atleta Tiago Pereira, do Sporting, aproveitou este sábado da melhor forma a ausência dos favoritos Pedro Pichardo e Nelson Évora para se sagrar campeão de Portugal do triplo salto, com a excelente marca de 16,94 metros.
Várias ausências de atletas de topo acabaram por marcar uma jornada de atletismo atípica, motivada pela pandemia de covid-19, com os resultados obtidos em cinco pistas a serem cruzados para se obter uma classificação nacional global.
A maior parte dos atletas competiu em Lisboa, mas também houve provas em Braga, Madeira, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada - aqui, por vezes, só com um atleta em ação. A grande maioria esteve mesmo em Lisboa e Braga, já que só dois estavam inscritos em Ponta Delgada, seis em Angra do Heroísmo e 23 em Ribeira Brava.
Para a federação, foi a opção possível, em tempos de pandemia de covid-19, para evitar deslocações e mudanças consideráveis na rotina de atletas e outros intervenientes nos campeonatos. Uma inovação que, no entanto, não foi acompanhada por outros países, onde se manteve o figurino de dois dias e uma pista.
Sem Évora e Pichardo, que estavam inscritos para o Estádio Universitário de Lisboa, brilhou Tiago Pereira, atleta de 26 anos, que só há duas épocas se dedica mais empenhadamente ao triplo. Com a marca desta tarde - uma progressão pessoal de 34 centímetros - sobe a quarto luso de sempre, atrás dos dois atletas de elite ainda no ativo e do já retirado Carlos Calado.
Além de Évora e Pichardo, a jornada também se ressentiu das ausências do lançador Francisco Belo e de Marta Pen, especialista de 1.500 metros, e da maioria dos melhores fundistas.
Destaque ainda, pela longevidade, para novo título de Vânia Silva (Sporting), de 40 anos - o primeiro que conseguiu foi em 2000 e desde então regista 19 conquistas.
Ainda pela longevidade, sobressai João Vieira, do Sporting, o campeão crónico das provas de marcha. Com o triunfo de hoje, passa a ter 36 títulos, repartidos por pista e estrada e em distâncias que vão dos 3.000 metros até aos 50 quilómetros.
A competir sozinho na Madeira, Pedro Buaró, do Estreito ganhou o salto com vara, com 5,05 metros.
Também houve vitória descentralizada nos 3.000 metros femininos, mas em Braga, com a jovem bracarense Mariana Machado a impor-se, como se esperava, à veterana Sara Moreira, do Sporting.
No triplo salto feminino as três melhores marcaram presença e ganhou Patrícia Mamona, do Sporting, com uma marca de boa valia: 14,26 metros. Atrás dela ficaram Evelise Veiga e Susana Costa.
Liliana Cá (N Luz) ganhou no disco, com 61,20, surpreendendo a campeã e favorita, Irina Rodrigues.
Pela sétima vez consecutiva, Anabela Neto (Sporting) foi a melhor no salto em altura feminino, enquanto que em masculinos triunfou o jovem Gerson Baldé, do Benfica, com 2,23 metros que lhe valeram um novo recorde nacional tanto nos sub-20 como nos sub-23 de uma vez só.
Sem a presença de Francisco Belo no peso, o benfiquista Tsanko Arnaudov regressou aos triunfos, com ótimos 20,77 metros, enquanto no setor feminino se estreou como campeã Auriol Dongmo, do Sporting e uma das melhores do ano, a fazer 19,53 metros. Para a atleta leonina trata-se tanto de um novo recorde pessoal como nacional (o anterior era de 19.27), mas também a melhor marca mundial do ano.
Pela qualidade da marca, merece ainda destaque a vitória de Cláudia Ferreira (Sporting), no dardo, já que os 53,27 metros a colocam como segunda portuguesa de sempre.
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