A ÉPOCA não podia correr melhor a Carlos Calado. Depois dos Mundiais de pista coberta, no Pavilhão Atlântico, onde foi terceiro, o atleta de Alcanena chegou novamente ao bronze, desta vez ao ar livre de Edmonton. Um resultado histórico para o luso, que terça-feira regressou a Portugal, com grande parte da comitiva presente nos Campeonatos do Mundo de Atletismo, no Canadá.
Estrela da companhia, por consequência do resultado obtido, Calado não guardou o mérito apenas para si. “Foi mais uma medalha minha, mas acima de tudo para todo o Portugal. Embora seja um título individual, foi um campeonato por equipas”, disse o atleta do Sporting.
Aos 25 anos, o homem que passou a marca dos 8 metros mais de 30 vezes, trouxe de Edmonton 8,21m, sendo o melhor europeu da competição. Um feito normal para quem já tinha dado tão boas indicações, mas que o próprio admitiu com alguma timidez, possivelmente devido à chuva de abraços, flores ou pedidos de entrevista para que foi ontem solicitado.
Ivan Pedroso sagrou-se campeão do Mundo com 8,40m. Será que a superioridade do cubano vale 19 cm? Carlos Calado prefere não arriscar, guardando para si aquilo que pensa poder vir a fazer. “Não vou estabelecer uma marca. Sei que tenho estado a evoluir e vou continuar”. De resto, o homem que fez 8,16m nos Mundiais de Lisboa revelou que encarou a competição sempre com grande convicção. “Entrei para o concurso sabendo o trabalho que tinha feito. Sabia que podia lutar por um lugar próximo do pódio e à medida que tudo ia decorrendo, vi que seria possível uma boa posição. Nunca deixei de arriscar para estar lá na frente”.
Carla e Rui estiveram bem
Confrontado com o facto de ser o único luso medalhado, Calado não entrou no discurso apologista da crise e lembrou que “o sétimo lugar do Rui” (Silva), ou “o quarto lugar da Carla” (Sacramento), “foram bons”. “Isto é um Campeonato do Mundo, não é uma competição qualquer. No Canadá estavam apenas os melhores”, finalizou.
Perante o sucesso alcançado no salto em comprimento, Carlos Calado garantiu que não vai deixar de dedicar-se aos 100 metros, onde detém o recorde nacional (10,11). No próximo ano, no Europeu, vai voltar a surgir a aposta na velocidade. “O Europeu é uma competição muito mais aberta. Dá para conciliar ao nível de horário e para estar nos cinco primeiros”.
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