Campeão mundial dos 1500 metros fala numa viragem na modalidade
A medalha de prata conquistada este domingo por Portugal na prova de estafeta mista no Europeu de corta-mato, em Lagoa, no Algarve, foi o mote para Isaac Nader ressalvar que a modalidade está a recuperar algum fôlego que havia perdido
"Aí está. O atletismo português e o meio-fundo estão a voltar. Estamos a mostrar que estamos aí. É importante para nós, atletas, é importante para o país, é importante para a federação, para os clubes portugueses. Estamos muito contentes, todos demos o nosso melhor", disse-nos o campeão mundial dos 1500 metros, que fez parte do quarteto vice-campeão, ao lado de Salomé Afonso, Patrícia Silva e Rodrigo Lima, que rendeu Nuno Pereira, ausente devido a estar doente. E no final recebeu os parabéns de Nader.
"Ele tinha essa responsabilidade para com ele e para com a equipa. Acho que ele fez bastante bem. Como lhe digo, vir como suplente e depois, no dia anterior, ter que entrar é sempre difícil. Mas ele esteve muito bem, é importante para ele ganhar essa experiência internacional para o futuro dele, para chegar ao mais alto nível da pista, que eu acho que é as características dele e aquilo que acredito que ele ambicione. Em relação à equipa, acho que todos demos o nosso melhor e no final somos segundos. Queríamos, como sempre, só entramos para ganhar, mas...", frisou.
Rodrigo Lima foi o segundo do quarteto luso a entrar em ação, recebendo o testemunho de Patrícia Silva. "Foi muito bom, muito bom. Sabia que também tinha qualidade para integrar esta estafeta. Com uma baixa de última hora, senti essa responsabilidade, porque substituir o Nuno Pereira não é fácil. Mas acho que consegui fazer uma boa substituição. Sonhámos sempre até ao último metro. Obviamente não sonhávamos com um top 2, sonhávamos com um pódio. Pelo menos eu, no caso, sonhava mais com um pódio. Tínhamos uma equipa muito boa e estávamos a correr em casa. Sabia muito bem o percurso, conhecia muito bem o percurso. Saímos muito rápido. Sabia que tinha que ir com o grupo até ao final. Consegui manter-me no grupo, aguentar, fazer um percurso sólido. E acho que foi uma ajuda boa para garantirmos este segundo lugar", confessou o atleta português.
Lima passou depois o testemunho a Salomé Afonso, que o entregou por sua vez ao companheiro Isaac Nader.
"Nós nunca sabemos em que posição é que vamos receber o testemunho. Quando o recebi, a tática sinceramente foi dar tudo desde o início, tentar recuperar o máximo de posições possível. A verdade é que também não queria chegar à parte final demasiado morta, mas isso é uma questão muito difícil às vezes de gerir, especialmente em corta-mato. Em pista, para nós, que somos atletas mais de pista, é mais fácil. Mas, de facto, a tática foi essa, foi recuperar o maior número de posições possível, mantendo sempre uma certa consciência nessa tentativa, e terminar forte e entregar ao Isaac com a menor distância possível para o pódio e para o primeiro classificado. E sabia que com o Isaac tudo poderia ser possível se essa distância não fosse excessiva. E só se confirmou. Depois, o Isaac fez o resto", explicou Salomé Afonso.
E quem começou foi Patrícia Silva, que termina o ano em beleza, depois de em março ter conquistado medalha de bronze nos 800 metros dos Mundiais de pista coberta.
"Sabe muito bem. É sempre bom, termos uma equipa forte. Dá-nos outra confiança. A verdade é que foi muito especial. Correr em Portugal e ganharmos a primeira medalha do dia, a primeira medalha de Portugal de sempre numa estafeta. E é continuar, como o Isaac dizia, a mostrar que o meio-fundo português vale a pena. Vamos continuar, nas pistas, na estrada, no corta-mato, onde for, a mostrar que valemos a pena."
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