A Roje Stona (ouro no disco), Rajindra Campbell (bronze do peso) e Wayne Pinnock (prata no comprimento), junta-se ainda Jaydon Hibbert
Casos de atletas naturalizados são habituais no atletismo atual, mas a Turquia decidiu dar um passo em frente na forma como o fez. De uma assentada, os responsáveis do atletismo do país foram à Jamaica 'contratar' quatro das principais figuras da modalidade, numa aposta clara em conseguir reforçar a sua importância no plano internacional, a começar, desde logo, pelos Jogos Olímpicos. E tudo com atletas que não têm, à primeira vista, qualquer ligação ao país. É, simplesmente, uma movimentação como se de um mercado de transferências no futebol se tratasse.
E uma movimentação de peso, já que a Turquia conseguiu garantir três medalhados de Paris'2024 e uma outra grande promessa para o futuro. Falamos de Roje Stona (ouro no disco), Rajindra Campbell (bronze do peso) e Wayne Pinnock (prata no comprimento), isto para lá Jaydon Hibbert, quarto nesses mesmos Jogos Olímpicos em França. Com esta mudança, este quarteto ficará impedido de competir durante três anos a nível internacional (Mundiais e campeonatos continentais), mas isso parece ter pouco importado perante o que estava em cima da mesa.
Para convencê-los, fala-se na imprensa internacional que os turcos terão concordado pagar 500 mil dólares (433 mil euros) a cada um como prémio de assinatura, valor ao qual se acrescentará ainda um pagamento de um salário mensal. E há, claro, uma alta compensação para o caso de medalhas internacionais, que na Turquia rendem dos prémios monetários mais altos do mundo em termos de medalhas olímpicas: 460 mil euros pelo ouro, 271m€ pela prata e 136m€ pelo bronze.
Esse terá sido o ponto que motivou a este movimento de 'deserção' jamaicana, já que há muito que há uma contestação interna pela falta de apoio estatal para o desporto, isto apesar dos feitos alcançados nos principais palcos, tanto pela velocidade, mas recentemente por Stona, Campbell nos lançamentos e de Pinnock e Hibbert nos saltos.
Olhando ao futuro, nomeadamente aos Mundiais de Tóquio, a saída de cena destes quatro atletas tem especial relevo para Pedro Pichardo e Gerson Baldé, que assim ficam sem dois possíveis adversários diretos.
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