"Houve um comentário, como há muitos, em que se insulta o adversário e se chama de tudo e mais alguma coisa, mas todos sabemos que faz parte do calor do momento porque os adeptos defendem o seu clube até à morte."
O diretor técnico do basquetebol do FC Porto, Afonso Barros, respondeu às acusações de racismo reveladas por Ivan Almeida, jogador do Benfica, no jogo da 3 da final do playoff, no Dragão Arena. Para o responsável azul e branco, "não houve qualquer tipo de racismo" e garante mesmo que o que o jogador cabo-verdiano das águias fez "foi uma palhaçada".
"No terceiro jogo, tanto quanto sei, não houve qualquer tipo de racismo vindo das bancadas. Houve um comentário, como há muitos, em que se insulta o adversário e se chama de tudo e mais alguma coisa, mas todos sabemos que faz parte do calor do momento porque os adeptos defendem o seu clube até à morte. Quanto a racismo, e eu falei com a direção do Benfica, o que me disseram é que foi utilizada uma expressão do género 'vai para a tua terra'. Isto podia ser utilizado com um negro, um branco, um amarelo ou com quem quer que seja. O que tenho a dizer é que, no FC Porto, não houve, não há nem nunca haverá racismo. Basta olhar para os nossos plantéis para perceber que temos uma grande diversidade étnica e religiosa. É daquelas acusações sem sentido, e que foi uma palhaçada aquilo que o Ivan Almeida fez aqui. Foi uma provocação aos nossos adeptos. E os adeptos do FC Porto merecem muito respeito, daí as reações do Max Landis e do João Soares, que sentem a camisola. Tenho pena de que o Ivan tenha tanto de bom jogador como de mau caráter. Provocou esta situação toda e bastou-me olhar para a cara dos dirigentes do Benfica para perceber a sua vergonha para com aquelas atitudes. Agora, sempre que vier ao Dragão Arena, certamente que terá a resposta adequada dada pelos nossos adeptos", defendeu em declarações ao Porto Canal e transcritas pelo site dos azuis e brancos.
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Ivan Almeida garantiu que ouviu expressões como "preto" ou "macaco" vindas da bancada do Dragão Arena.
Já a nível desportivo, Barros assumiu que o Benfica "é um justo vencedor" do campeonato.
"A preparação para o jogo 4 foi muito complicada, emocionalmente falando. À boa maneira do FC Porto unimo-nos, mas o início foi aterrorizador. O parcial 0-10 no arranque mexeu muito com a equipa. Ainda conseguimos recuperar durante a primeira parte, mas voltados dos balneários deu-se a lesão do Charlon Kloof. Não é preciso estar aqui a justificar derrotas, há que dar mérito ao adversário, que o tem, mas essas duas lesões [Kloof e Mike Morrison] marcam muito esta final. O Benfica contou com dois jogadores de topo e frescos: o Dennis Clifford que aparece nas finais em pico de forma, e o Ivan Almeida, que por muito que tenha a dizer sobre a sua personalidade, é um jogador fora de série que fez muita diferença. Parabéns ao Benfica, não tenho muito mais a dizer porque foi um justo vencedor", apontou o diretor dos azuis e brancos.
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