O norte-americano terminou a fase regular como o jogador mais eficaz (63 por cento de percentagem de concretização de lançamentos de campo) da competição. “Temos condições para conquistar o título”, frisa
MATT Nover forma com o compatriota Brian Crabtree uma das melhores duplas de norte-americanos da Liga. Nover, que não é um estreante em Portugal (jogou no Illiabum na época de 1995/96, mas não terminou a temporada) está a confirmar as suas credenciais de grande jogador.
Os números são elucidativos: lidera o “ranking” de percentagem de lançamentos de campo (63 por cento); é o nono classificado da lista de MVP (liderada pelo aveirense Nate Fox); o melhor ressaltador (média de 8,1) e o terceiro melhor marcador do Benfica (17,3 pontos). Acima de tudo, trata-se de um excelente jogador de equipa, dotado de grande espírito de grupo e inteligência táctica.
“O Benfica é a melhor equipa portuguesa. Temos jogadores e condições para conquistar o título”, frisa este norte-americano natural do Estado de Indiana, que não alimenta falsas modéstias quando se trata de falar do seu grupo de trabalho.
“Porque é que podemos assumir a candidatura ao título? Porque temos jogadores de grande qualidade. O Seixas pode valer 30 pontos por jogo, o Cabtree também, o Luisão entre 12 e 20 e eu posso anotar de 20 a 30. E ainda temos o Salva e o Barros. Duvido que em Portugal existam equipas com um ’cinco’ mais forte que o nosso. Não temos tantas soluções como a Portugal Telecom e a Ovarense no banco, mas somos o conjunto mais colectivo da prova.”
Os seus encómios são extensivos à equipa técnica. “O Mário Gomes e o Steven Rocha constituem uma excelente dupla. São treinadores empenhados e com grande vontade de aprender e evoluir. Estão a realizar um magnífico trabalho com esta equipa.”
Esperteza compensa
Matt Nover é o “cinco” (poste nato) por excelência do Benfica. Apesar de não poder ser considerado um jogador muito alto para actuar nesta posição (ostenta ”somente” 2,03 metros), o norte-americano mostra-se imparável na luta das tabelas e na concretização do jogo interior.
“Temos de ser espertos a jogar. A estatura, por si só, não basta. Se soubermos ler o jogo e estudarmos os movimentos dos adversários, podemos retirar daí vantagens”, constata.
A forma como Nover se posiciona na luta pela conquista do ressalto, a maneira como defende e ganha posição nas tabelas, faz lembrar, a espaços, o melhor ressaltador da NBA das últimas épocas, o já retirado (?...) Dennis Rodman. O jogador benfiquista não rejeita esta analogia, mas também não enfatiza a questão.
“É muito importante estarmos concentrados e jogarmos em antecipação, com rapidez. Essa é uma forma de superarmos jogadores mais altos e pesados.”
O Benfica inicia a aventura do “playoff” defrontando (sexta-feira) a Oliveirense. Numa breve análise aos principais rivais das águias na luta pela conquista do ceptro, Nover observa: “A Telecom é a equipa com mais soluções individuais, possui vários atletas capazes de fazer a diferença num jogo, enquanto a Ovarense é uma formação mais colectiva, apesar de também ostentar bons valores individuais. Mas insisto: o Benfica é, actualmente, a melhor equipa da Liga.”
«Bom começo»
Começou a jogar com apenas seis anos levado pela mão do pai. “Foi um bom começo em Chesterton, localidade de Indiana onde existe grande paixão pelo basquetebol. O meu pai foi o meu primeiro treinador. Era uma pessoa exigente e conhecedora da modalidade. Ensinou-me a dar os primeiros passos”, revela Matt Nover.
De Chesterton e do “high-school” à Universidade de Indiana foi o caminho lógico. “Foi aí que aprendi os reais fundamentos do jogo. Como se defende, como se ataca, o que se deve fazer em termos de movimentos. E aprendi aquilo que considero ser o mais importante: saber ler o jogo. Estudei muito a modalidade”, refere.
Nover tem estado atento à realidade portuguesa, muito diferente da que se vive nos Estados Unidos. O norte-americano lamenta que existam cada vez menos basquetebolistas lusos a evoluírem nas equipas de “top” e dá a sua explicação para o fenómeno.
“Para lá da questão dos estrangeiros e comunitários, é inquestionável que aqui a modalidade forte é o futebol. Um jovem faz mais facilmente carreira no futebol que no basquetebol.”
«Adoro feijoada»
Nover é uma pessoa de trato fácil. É porventura o basquetebolista mais popular entre os adeptos benfiquistas, tendo uma boa legião de fãs (nomeadamente do sexo feminino).
Já tinha estado em Portugal em 1996 (em Ílhavo), pelo que a sua adaptação a Lisboa foi fácil. “Gosto muito da cidade, que é bastante bonita e interessante devido ao património e história. É um local agradável para um estrangeiro como eu viver”, enaltece o atleta encarnado.
E depois há a comida. “Gosto de quase tudo. Das sopas, da carne e do peixe. Já comi bacalhau e também gostei. Mas a feijoada é de mais... Adoro a feijoada portuguesa.”
Para além de Lisboa, já teve oportunidade de conhecer outras zonas. E ficou encantado com a serra da Estrela. “Estive lá por alturas do Natal com alguns amigos e gostei muito. Tem aldeias antigas e muito bonitas. Passei lá momentos relaxantes e agradáveis.”
Daí não ser de estranhar que se revele interessado em permanecer na Luz. “Ainda não sei onde vou jogar na próxima época, mas gostava de ficar no Benfica. Estou à espera que falem comigo”, conclui.
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