Ex-basquetebolista e hoje treinador apresenta livro na quinta-feira
O ex-basquetebolista e hoje treinador Miguel Miranda recorda o trajeto da seleção portuguesa que "acreditava no impossível" e que se classificou na nona posição do Eurobasket2007, num livro que apresenta na quinta-feira.
Intitulada "Gigantes", a obra de 150 páginas retrata o trajeto da equipa das quinas desde a qualificação até à presença na fase final do torneio, passando pelos jogos de preparação, pelos estágios e pelas relações firmadas entre os 12 jogadores que compunham o grupo presente em Espanha, sob o comando do selecionador Valentyn Melnychuk.
"Uma das características que aquela geração tinha é que acreditava no impossível. Quando chegámos ao campeonato da Europa, entrámos em todos os jogos para ganhar. (...) A partir do momento em que entras em todos os jogos para ganhar, seja contra que adversário for, vais acabar por ganhar algumas vezes. Ganhámos à Letónia [77-67] e a Israel [94-85]. Acabámos por ficar em nono lugar, à frente da Itália, que, naquela altura, estava muito melhor do que nós no ranking [da FIBA]", vincou, em declarações à Lusa.
A ideia de escrever o livro que vai ser apresentado na quinta-feira, às 19 horas, no auditório do Colégio Efanor, na Senhora da Hora, concelho de Matosinhos, esteve sempre presente nos encontros com os ex-colegas de seleção, mas só começou a ganhar forma em 2021, ainda durante a pandemia de covid-19, após o contacto com Bruno Sousa, da editora Formação Desportiva, responsável pela publicação.
Para o antigo poste, os jogos mais marcantes do período retratado na obra são as vitórias no reduto da Bósnia-Herzegovina (80-78), selada no "último segundo", em "condições muito más para jogar", em 03 de setembro de 2006, na receção a Israel (69-49), em 16 de setembro de 2006, que garantiu o apuramento, com o primeiro lugar do Grupo 2, e sobre a Letónia (77-67), que assegurou o terceiro lugar do Grupo B e o acesso à segunda fase do Eurobasket.
"Estavam muitos portugueses, mas nunca tinha visto um país pequeno como a Letónia, numa modalidade que não o futebol, embora o basquetebol seja muito importante lá, com tantos adeptos. Eram 4 mil. O hotel onde estávamos estava cheio de adeptos da Letónia", salienta, acerca do jogo disputado em 5 de setembro de 2007, em Sevilha.
O treinador do Vitória de Guimarães, formação do principal campeonato luso de basquetebol, considera que uma das razões para o desempenho da equipa que voltou a representar Portugal no Campeonato da Europa, após a inédita aparição de 1951, com o 15.º lugar entre 18 seleções, foi "a mudança de mentalidade" impulsionada por Valentyn Melnychuk, ao fazer os jogadores acreditarem que "era possível ganhar a qualquer equipa".
O ex-jogador de FC Porto, Queluz e Ovarense crê que o facto de a então Liga portuguesa de basquetebol ser "muito competitiva", sem "limite de jogadores estrangeiros", o que obrigava os portugueses a "trabalharem muito" para conseguirem jogar nas respetivas equipas, elevou o nível da equipa das 'quinas', traçando, nesse caso, um paralelismo com a seleção de 2025, 15.ª entre 24 equipas no Eurobasket.
"[A seleção] Está na mesma situação em que estávamos na altura: muitos jogadores a jogar fora, noutro contexto, noutras competições. A Liga agora também permite às equipas terem seis estrangeiros. Isso obriga os portugueses a trabalharem para terem hipótese de jogar. As condições reuniram-se. São a geração mais próxima da nossa", compara.
A união do grupo, então formado pelos bases Miguel Minhava, Mário Fernandes e Philippe da Silva, pelos extremos Betinho Gomes, João Santos, Sérgio Ramos, Paulo Simão e Paulo Cunha e pelos postes Francisco Jordão, Jorge Coelho, Miguel Miranda e Elvis Évora, é outro dos atributos mencionados no livro.
"Estávamos juntos quando treinávamos, quando viajávamos, quando tínhamos dia de folga, no hotel. Quando se fazem muitas coisas juntas, criam-se ligações difíceis de explicar. Tínhamos tardes livres e íamos almoçar quando não era obrigatório. Tínhamos noite livre e íamos jantar quando não era obrigatório. Íamos, porque nos sentíamos bem e porque passávamos a época à espera de estarmos juntos na seleção", recorda.
O livro também aborda a transição do final da carreira dos basquetebolistas para o mercado de trabalho, fora da alta competição.
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