Mário Gomes referiu que a capacidade defensiva de Portugal foi a "chave" para a vitória (50-62) sobre a República Checa, na estreia nesta edição do EuroBasket.

"Todos viram que as equipas estavam nervosas, nomeadamente no ataque, ambas podem fazer melhor nesse aspeto. Mesmo assim tentámos tirar a pressão dos jogadores, sabíamos que era um jogo muito importante para ambas as formações. Foi um jogo muito importante para os nossos objetivos, não estivemos bem ofensivamente, mas muito bem defensivamente. Essa foi a chave para vencer o encontro. O principal fator foram os nervos que envolveram o encontro. No fim, foi bom para nós", começou por dizer o selecionador nacional na conferência de imprensa.

Neemias Queta, com 23 pontos, 18 ressaltos e 4 desarmes de lançamento, foi a figura do encontro e Mário Gomes admite que "é muito fácil" orientar o poste dos Boston Celtics: "não posso falar mal dele, que ele é muito grande (risos). Neemias sempre fez parte deste grupo. Não podia estar connosco antes, pois tem a sua vida na NBA, mas é parte do grupo desde sempre. É um rapaz humilde, sabe onde quer chegar mas nunca se esquece das suas raízes. Espero que não fique muito convencido agora (risos)."

O crescimento do basquetebol em Portugal foi igualmente tema de conversa na conferência - que contou também com Neemias - e Mário Gomes lembrou que, recentemente, a seleção feminina fez história ao marcar presença numa fase final pela primeira vez: "agora estamos bem, com as duas seleções no EuroBasket e mais entusiasmo do que o habitual. O futebol é mais popular mas agora até os jornais têm mais espaço para nós e hoje tínhamos aqui muitos adeptos, não é habitual ter tantos. Agora depende do que vamos fazer a partir daqui."

O duelo com a Sérvia, na sexta-feira, surge no horizonte e o treinador espera para ver como irá correr, sem fazer grandes vaticínios pese o facto de estar pela frente uma das potências mundiais: "Vamos encarar os jogos da mesma forma. Estes são como melões e temos de os abrir para saber se são bons. Temos de tentar tirar o que o jogo nos dá. A Sérvia é quem é, mas queremos competir. Ofensivamente acho que vamos jogar melhor, embora estejamos à espera de uma defesa forte, pois Svetislav Pesic [selecionador sérvio] não facilita. Depois veremos se temos de pensar mais no jogo seguinte ou se podemos continuar a acreditar. Viemos aqui com o objetivo de ir à próxima fase mas não podemos pensar sempre nisso, é jogo a jogo. Ganhámos um importante mas foi apenas um, há que manter os pés na terra."