O poste dos Lakers sabe que não é especialista nos "tiros" da linha. Aceita, inclusive, que muitas das derrotas da equipa estão relacionadas com a questão. No entanto, recusa-se a baixar a cabeça, relembrando que compensa de outras formas
Indianapolis - Shaquille O'Neal nunca foi um especialista em lances-livres. Nunca foi, nem nunca o será, pois a aptidão para este gesto particular não se conquista ou aprende na NBA. Na grande maioria dos casos, é uma arte inata que se desenvolve durante a juventude. No seu caso particular, uma lesão num dos ombros, aos 15 anos, impediu-o de conseguir, no mínimo, ser um razoável executante.
Quando a equipa ganha - quase sempre com O'Neal a ultrapassar a fasquia dos 30 pontos e 10 ressaltos -, poucos se lembram dos lances-livres desperdiçados. Foi assim, aliás, nos dois primeiros jogos da final. Os 83 pontos averbados nesses encontros, aliados ao facto de os californianos terem conseguido bater os Pacers, relegaram para plano secundário a fraca percentagem de aproveitamento da linha. De facto, os 42,2 por cento, resultantes de 19 conversões em 45 tentativas, ficaram bastante aquém das médias exigidas a um basquetebolista de alta competição.
No jogo 3, a derrota por nove pontos no Conseco Fieldhouse fez com que os dez lances-livres (13-3) desaproveitados por O'Neal ganhassem uma dimensão maior. Terça-feira, na habitual conferência de Imprensa, o jogador foi colocado perante o problema. Com cara de poucos amigos, assumiu a responsabilidade, mas rejeitou pedir desculpas.
"Sempre falhei lances-livres. Desde os 15 anos que é assim. Porém, nunca pedi desculpas por essa lacuna no meu jogo, nem nunca o farei. Sinceramente, julgo que compenso esse problema com outras coisas, nomeadamente pontos nas áreas próximas do cesto, ressaltos, desarmes de lançamento e faltas provocadas", disse, visivelmente irritado com o facto de alguns jornalistas tentarem justificar a derrota dos Lakers apenas com os seus falhanços da linha de lance-livre.
"Entendo que as pessoas façam contas e concluam que bastava eu ter marcado mais alguns lançamentos para, muito provavelmente, o desfecho ser outro, mas recuso ser o 'mau da fita', o responsável pela derrota. Nesse jogo, os 'tiros' falhados de média e longa distância, assim como as bolas perdidas, também nos criaram problemas adicionais. Não foi só por causa dos meus lances-livres que perdemos", rematou o "gigante", naturalmente cansado de ser crucificado com um problema que já não tem solução.
TREINO ESPECÍFICO
Aquando da sua entrada nos Lakers, Phil Jackson ordenou que Tex Winter, um dos seus adjuntos, elaborasse um plano de treino específico para "Shaq". No entanto, após algumas semanas, os resultados continuavam iguais e o jogador não se mostrou disponível para aceitar as recomendações do treinador. "Era preciso modificar toda a estrutura do lançamento, e tendo em conta que ele já tem 28 anos, as percentagens iriam, durante várias semanas, ser ainda piores", recorda um jornalista do "LA Times".
Por seu conta, O'Neal contratou os serviços de Buzz Braman, um técnico com quem trabalhara nos tempos em que alinhou pelos Orlando Magic e reconhecido por ser uma autoridade na matéria. Ainda assim, a verdade é que os frutos desse treino extra nunca apareceram. Os 52,4 por cento de aproveitamento na época regular ficaram abaixo da média da carreira: 53,4.
Curiosamente, no "playoff", O'Neal conheceu alguns dias de glória, nomeadamente quanto converteu as nove tentativas que desfrutou num dos embates com Portland, respeitante à final da Conferência Oeste. Porém, agora tudo voltou ao normal, que é como quem diz às percentagens fraquinhas, abaixo dos 40 por cento...
Farto de tanta polémica, Shaquille diz que o melhor é deixá-lo à vontade. "Sei que é importante marcar. Faço um esforço enorme para me concentrar antes de cada lançamento. No entanto, nem sempre resulta...", diz.
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