Orlando Rodrigues: «Sempre defendi a transparência»

Orlando Rodrigues: «Sempre defendi a transparência»
• Foto: PAULO CÉSAR/ARQUIVO

Foi através de Record que Orlando Rodrigues ficou a saber que não integra a lista negra dos ciclistas que acusaram EPO na Volta a França de 1998, e da qual constam, entre outros, Marco Pantani, Jan Ullrich, Laurent Jalabert, Erik Zabel e Abraham Olano, este último colega de equipa do português na altura.

Em Moçambique, onde agora é empresário, o antigo ciclista da Banesto não ficou surpreso com a boa notícia. “Para mim é uma surpresa este assunto ser agora analisado, mas não esperava outra coisa, que não fosse o meu nome estar fora dessa lista. Surge apenas na sequência do que sempre defendi: um ciclismo claro e transparente”, começou por referir o também vencedor de duas Voltas a Portugal, que não viria contudo a terminar a prova, abandonando na 16.ª etapa.

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Orlando Rodrigues participou em quatro edições do Tour – 1996, 1997, 1998 e 2000 –, todas ao serviço da Banesto. “Não sei naturalmente quantos controlos fiz, mas foram vários nesse ano e nas outras participações”. Nos primeiros anos de presença na Volta a França, o antigo ciclista português, cuja última ligação ao pelotão nacional foi como diretor-desportivo do Benfica (2007 e 2008), tinha como chefe de fila Miguel Indurain, e depois Olano, sendo este um dos nomes da lista negra. “A minha relação com ele nunca foi muito próxima. Era reservado, por vezes mesmo difícil compreendê-lo. Chegou à Banesto oriundo de uma outra equipa, italiana, veio com outros colegas e por isso nunca fez parte do meu grupo de relacionamento.”

Olano também já reagiu, negando qualquer envolvimento com práticas de dopagem. “O primeiro surpreendido sou eu por constar dessa lista. Não entendo também como isso vem agora a ser revelado. Têm de me mostrar esses dados e análises”, referiu o agora diretor-técnico da Volta a Espanha. “Estive sempre debaixo da tutela da equipa e dos seus médicos. Não me considero culpado. Nunca tive a sensação de estar a fazer algo ilegal.”

Razia

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O italiano Mário Cipollini também está entre os que acusaram EPO – a substância não era detetável há 15 anos – no Tour de 1998 e 1999 (neste Orlando não participou).

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