Antigo ciclista espanhol admira as qualidades do português
Alberto Contador acredita que João Almeida pode vencer uma grande Volta, uma missão mais complicada por estar numa UAE Emirates onde Tadej Pogacar promete prolongar a sua hegemonia e o duelo com Jonas Vingegaard no Tour.
"[Almeida] é um potencial vencedor de uma grande Volta, mas também é certo que na mesma equipa há muitos ciclistas com opções de ganhar uma grande Volta. Não é só uma questão de ter pernas, é uma questão de oportunidades numa equipa como a UAE", analisou o antigo ciclista espanhol.
O ciclista português, que foi terceiro no Giro'2023 e quarto no Tour'2024, partilha protagonismo na UAE Emirates com Adam Yates, Juan Ayuso e tantos outros, com Pogacar acima de todos os seus companheiros e a ter como único rival Jonas Vingegaard.
Os dois últimos vencedores da Volta a França ganharam este fim de semana as competições com que abriram a época: se o dinamarquês da Visma-Lease a Bike conquistou a Volta ao Algarve, 'Pogi' impôs-se na Volta aos Emirados Árabes Unidos.
"É bom que continue vivo esse duelo, sobretudo pensando na Volta a França. Há rival [para Pogacar]. Apesar de, no ano passado, o Vingegaard ter chegado um pouco 'curto' de preparação, este ano será um bom adversário. Ganhou etapa e geral no Algarve no mesmo dia em que o Pogacar. Penso que é perfeito", avaliou.
Bicampeão do Tour (2007 e 2009) e do Giro (2008 e 2015) e tricampeão da Vuelta (2008, 2012 e 2014), Alberto Contador está a acompanhar a quarta edição d'O Gran Camiño como comentador e, em declarações aos jornalistas presentes na prova, perspetivou a época, abordando, nomeadamente, a rivalidade entre os dois maiores voltistas do pelotão mundial.
"Vingegaard sabe que precisa de aumentar o seu nível se realmente quer ser um adversário de Pogacar. Creio que, quando se está a preparar, tem o pensamento em todo o momento no Tour. Já ganhou duas vezes, foi duas vezes segundo, penso que será um rival", justificou.
O esloveno e o dinamarquês têm alternado no historial de vencedores e também no segundo lugar da Grande Boucle, com o líder da UAE Emirates a ganhar em 2021 e 2024 e o ciclista da Visma-Lease a Bike nos dois anos intermédios.
Retirado desde 2017, o antigo corredor, agora com 42 anos, não acredita que o domínio absoluto dos dois 'gigantes' esteja a retirar emoção à Volta a França.
"Há sempre rivalidades claras: havia o caso do [Lance] Armstrong e do [Jan] Ullrich, o meu e o do Andy Schleck ou o meu com o [Chris] Froome. Agora, são Vingegaard e Pogacar. Penso que acaba por acontecer sempre isso no ciclismo. A verdade é que estes dois corredores estão a um nível bastante superior, mas penso que também é bonito. E, depois, acabará por aparecer gente mais nova, haverá outros corredores que irão melhorar", prognosticou.
Entre esses, poderá estar Remco Evenepoel, o terceiro classificado do último Tour e vencedor da Vuelta2022, que só arrancará a temporada em abril, depois de ter chocado com uma carrinha dos correios enquanto treinava, em dezembro.
"Remco tem um desafio, porque o acidente penalizou-o muito. A sua preparação alterou-se por completo e é algo novo para ele. Mas já sabemos a classe que tem, o campeão que é. De certeza que está extra motivado para voltar novamente à bicicleta e ao seu nível", afirmou.
Para Contador, o ciclista belga da Soudal Quick-Step pode ganhar uma grande volta este ano, porque "tem muita qualidade".
"Vamos ver como altera o seu calendário, mas claro", concluiu.
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