São oito ciclistas e dois membros do staff. Por agora estão suspensos por 120 dias
Dez elementos da equipa W52-FC Porto, incluindo oito ciclistas e dois elementos do staff, foram suspensos esta sexta-feira, na sequência da operação 'Prova Limpa'. Os ciclistas já foram notificados pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), tal como a equipa, UCI, Federação Portuguesa (FPC) e WADA (a agência mundial anti-doping).
Alguns destes ciclistas, sabe Record, encontram-se neste momento a disputar o Grande Prémio Douro Internacional, algo que estará a gerar algum descontentamento na UCI, que, segundo fonte próxima do processo, estará a ponderar suspender a equipa de toda a atividade por causa desta situação de forma a impedi-la de competir.
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Por agora a suspensão é válida por 120 dias, o que implica desde logo a impossibilidade dos ciclistas suspensos em disputar a Volta a Portugal, que decorre de 4 a 15 de agosto. É certo que podem recorrer, o que poderia levar a uma suspensão desse período de punição, mas dificilmente tal sucederá, pois, de acordo com a mesma fonte, "o Tribunal Arbitral do Desporto não aceitará tais argumentos".
Tudo começou em abril
Lembre-se que todo este processo surgiu na sequência da operação designada 'Prova Limpa', desencadeada no dia 24 de abril, após rusga feita pela Polícia Judiciária e pela ADoP à equipa da W52-FC Porto. Na altura, dez ciclistas foram constituídos arguidos e o diretor desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues. Estes dois últimos foram ainda proibidos de exercício de funções e de contactar com os restantes arguidos.
"A operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes da Diretoria do Norte e ainda das Diretorias do Centro e do Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da ADoP (Autoridade Antidopagem de Portugal)", detalhou a PJ, em 24 de abril.
A estrutura W52, ligada ao FC Porto há seis épocas, venceu as últimas nove edições da Volta a Portugal, mas os triunfos do seu corredor espanhol Raúl Alarcón, em 2017 e 2018, foram-lhe retirados também por "uso de métodos e/ou substâncias proibidas".
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