Polícia Judiciária faz rusga ao hotel onde estava instalada a W52-FC Porto: PJ já reagiu em comunicado

PJ faz rusga ao hotel onde estava instalada a W52-FC Porto

• Foto: W52-FC Porto

A equipa da W52-FC Porto não se apresentou esta manhã na partida da terceira etapa do Grande Prémio "O Jogo", em Vila Nova de Paiva.

Ao que o nosso jornal apurou, a situação deverá estar relacionada com uma eventual rusga feita pela Polícia Judiciária ao hotel onde a equipa estava instalada, o Hotel Turismo, em Trancoso.

Contactado pelo nosso jornal, Adriano Quintanilha, patrão da W52-FC Porto, limitou-se a dizer que "só sei que eles não alinharam" e que não consegue falar com ninguém "porque parece que não têm telemóveis".

Record também falou com Manuel Brito, presidente da ADoP. "Não posso dizer nada. Está em segredo de justiça. Só a Polícia Judiciária pode falar sobre o assunto", referiu, adiantando que a PJ deverá fazer sair um comunicado explicando o que se está a passar.

De acordo com a CMTV, um dos dois detidos que são referidos no comunicado da Polícia Judiciária [ver abaixo] é o diretor desportivo da W52-FC Porto, Nuno Ribeiro. O outro detido, segundo a mesma fonte, terá sido José Rodrigues, dirigente da União de Ciclismo da Maia.

Recorde-se que o ciclista espanhol Raúl Alarcón foi suspenso em 21 de outubro de 2019 por quatro anos (até 20 de outubro de 2023) por "uso de métodos e/ou substâncias proibidas". Em março deste ano, o TAS (Tribunal Arbitral do Desporto) confirmou a suspensão do antigo ciclista da W52-FC Porto, vencedor da Volta a Portugal em 2017 e 2018.

Entretanto, a Policia Judiciária já reagiu com um comunicado:

"A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, no âmbito de inquérito titulado pelo Ministério Público - DIAP Regional do Porto, procedeu à realização de uma operação destinada à deteção de métodos proibidos e substâncias ilícitas suscetíveis de adulterar a verdade desportiva em provas do ciclismo profissional.

"Nesta ação, acompanhada por magistrados do Ministério Público, foram efetuadas 2 detenções e realizadas várias dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em diversas regiões do território nacional, visando dirigentes, atletas e instalações de uma das equipas em competição.

"No decurso das diligências foram apreendidas diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo.

"A operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes da Diretoria do Norte e ainda das Diretorias do Centro e do Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Guarda e Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da Autoridade Antidopagem de Portugal.

"Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

"O inquérito prossegue em segredo de justiça", pode ler-se.

[Notícia atualizada às 12:29]

Por Ana Paula Marques
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