Três casos de ''doping'' em inquérito

Já são conhecidos três dos cinco casos de "doping" verificados ao longo da época, em números recentemente divulgados pelo Conselho Nacional Antidopagem: Pedro Martins (Porta da Ravessa/Tavira), Arnoldas Saprykinas (Cantanhede) e Tiago Machado (ver peça de apoio). Os dois implicados em falta são corredores estrangeiros que representam (representavam?) equipas nacionais, um deles garantidamente italiano. A sua identidade não foi revelada pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), porque os processos já se encontram na UCI. A responsabilidade pela divulgação dos nomes pertence à Federação que emitiu a respectiva licença.

Entre os "portugueses" (Saprykinas é lituano mas tem licença da FPC), o caso mais grave é o de Pedro Martins (27 anos). O homem da Porta da Ravessa, que em 2001 chegou a andar de amarelo na Volta a Portugal, acusou furosemida (um diurético), num controlo "antidoping" efectuado a 31 de Agosto, no decorrer do GP CTT. A furosemida integra a lista de substâncias proibidas pela UCI e caracteriza-se por baixar a pressão sanguínea. De acordo com Matos Churro, membro do Conselho Disciplinar (CD) da FPC, a pena para este tipo de infracção atinge no mínimo dois anos, podendo beneficiar de atenuantes. Regra geral, a suspensão efectiva cifra-se em 1/4 do total, isto é seis meses. Tal como os restantes visados, Pedro Martins foi suspenso preventivamente, no âmbito do processo de inquérito em curso, tendo prestado declarações junto do CD da Federação. A decisão final sobre os castigos deve ser anunciada em breve. Apesar das várias tentativas de contacto ao longo do dia, Record não conseguiu, ontem, obter uma reacção de Pedro Martins.

Reincidente

O caso de Arnoldas Saprykinas (29 anos) vem na sequência de um controlo positivo por salbutamol, no dia 15 de Julho, durante a Volta ao Alentejo. O salbutamol, um broncodilatador muito utilizado para a asma, é uma substância permitida apenas mediante a apresentação de um documento médico. Os valores da análise são "ligeiramente acima do normal", mas Saprykinas é reincidente em "positivos", arriscando-se a uma pena até dois anos.

Júnior do CC Barcelos acusa estimulante

Tiago Machado é um corredor júnior do Centro Ciclista de Barcelos. O controlo positivo, por heptaminol, verificou-se a 30 de Junho, na sequência da prova em linha do Campeonato Nacional de estrada, realizado em Oliveira de Azeméis. Machado foi segundo, atrás de António Jesus, envergando por isso o título de vice-campeão nacional.

O heptaminol, tal como a furosemida, é uma das substâncias proibidas na lista da União Ciclista Internacional (UCI), variando a pena nestes casos entre seis meses e dois anos. "Depende da gravidade", refere Matos Churro, do Conselho Disciplinar da Federação. Um dos mecanismos de acção deste produto passa pelo estímulo dos centros respiratórios e vasomotores...

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