Ciclista belga sofreu uma anomalia nos músculos do coração após um acidente de viação em setembro
Nathan van Hooydonck, antigo gregário da Jumbo-Visma, admitiu esta terça-feira que soube que a sua carreira de ciclista profissional tinha terminado mesmo antes de os médicos revelarem que tinha uma anomalia nos músculos do coração.
"Não me lembro verdadeiramente do acidente. Lembro-me, sobretudo, da tristeza que senti, porque, mesmo antes de os médicos me informarem, sabia que a minha carreira de corredor profissional tinha acabado", relatou o agora antigo corredor de 27 anos, em entrevista ao diário belga Het Laatste Nieuws.
Em 12 de setembro, Van Hooydonck perdeu o controlo do seu carro após sentir-se mal ao volante, tendo embatido noutros veículos ao avançar inadvertidamente num cruzamento, quando seguia com a mulher, então grávida, ao lado.
"Passei uma semana terrível no hospital, apesar de ter sido muito apoiado pela equipa médica e, sobretudo, pela minha família, que esteve todos os dias ao meu lado", enalteceu.
Oito dias depois do acidente, a Jumbo-Visma anunciou que uma anomalia nos músculos do coração colocava um ponto final na carreira do ciclista belga.
Hooydonck recebeu um desfibrilhador interno "para corrigir possíveis arritmias cardíacas no futuro". "Após exames exaustivos, Van Hooydonck foi diagnosticado com uma anomalia muscular no coração, que causou o problema que quase lhe pôs fim à vida. Estas descobertas significam o fim da carreira profissional", lia-se no comunicado da equipa holandesa.
O belga falou ainda, na entrevista ao Het Laatste Nieuws, do nascimento do filho, pouco mais de uma semana depois do acidente que o deixou numa cama de hospital.
"Tenho perfeita consciência de que poderia nunca ter tido a oportunidade de ter o meu filho nos braços", concedeu o antigo ciclista, que já perdeu um bebé poucos dias depois de nascer, no início de 2022.
O belga era um dos gregários da Jumbo-Visma, melhor equipa do pelotão mundial, tendo ajudado o dinamarquês Jonas Vingegaard a vencer as últimas duas edições da Volta a França.
Sem vitórias profissionais no currículo, era um dos colegas mais próximos de Vingegaard, campeão do Tour e parte do trio de ciclistas da Jumbo-Visma que ocupou o pódio da Vuelta, ganha pelo norte-americano Sepp Kuss - Primoz Roglic foi segundo.
Van Hooydonck começou a carreira na Bissel, uma formação de desenvolvimento, em 2014, mudou-se para a BMC, do WorldTour, em 2017, e passou também pela CCC antes de se juntar à Jumbo-Visma em 2021, ajudando não só aos dois triunfos no Tour do dinamarquês, como a um outro do esloveno Primoz Roglic, na Volta a Espanha (2021).
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