De regresso à 'Algarvia', após dois anos de ausência, o ciclista português será, obviamente, o predileto do público da casa, mas, em entrevista à agência Lusa, Almeida diz não se sentir o maior dos candidatos.
"Nem por isso. Tenho a noção que sou um dos favoritos, corridas à geral e deste tipo assentam-me bastante bem, ainda mais correndo em casa. [...] Mas há aqui favoritos bastante bons, com grande nível. Quero discutir a corrida e estar na frente, daí a ser o candidato número um há uma grande diferença", distinguiu.
Embora vá "dar tudo para ganhar a corrida", o líder da UAE Emirates alerta para nomes como Jai Hindley, o australiano que é o campeão em título do Giro, o colombiano Sergio Higuita, também da BORA-hansgrohe e vencedor no alto do Malhão no ano passado, o fortíssimo conjunto da INEOS, que inclui o colombiano Daniel Martínez, terceiro na 'Algarvia' em 2022, o britânico Thomas Pidcock ou o neerlandês Thymen Arensman, sem esquecer o compatriota Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty), "que está muito forte".
Almeida lamentou ainda a ausência do campeão em título, o belga Remco Evenepoel, para quem trabalhou em 2020, na primeira vitória da geral do agora campeão mundial de fundo e vencedor da Vuelta2022.
"Acho que quantos melhores ciclistas estivessem cá presentes, mais nível haveria e era melhor para a corrida em si", avaliou.
Quarto classificado no Giro2020 e quinto na Vuelta2022, o corredor de A-dos-Francos, de 24 anos, acredita que é "um melhor ciclista" desde a última presença na 'Algarvia'. "Venho como líder agora e não como gregário. É algo muito positivo. Conheço bem o percurso, é relativamente parecido ao passado. Acho que é uma mais-valia, já tenho alguma experiência na corrida", notou o ciclista que foi nono classificado (e segundo na juventude) em 2020.
O campeão nacional de fundo, que esteve a treinar no Velódromo de Sangalhos na semana passada - "a medir algumas coisas", a "testar material" -, considera que o contrarrelógio da última etapa da 49.ª edição, em Lagoa, será o momento que fará a diferença nas contas da geral, "apesar de que todos os favoritos acabem por ser bons no contrarrelógio".
"Portanto, vai ser renhido. E o Malhão. O Malhão é sempre uma subida muito dura que faz diferenças quando não se está minimamente bem, mas certamente vai ser uma corrida animada para os espetadores", prognosticou, dizendo que a Fóia, ponto final da segunda etapa, é "uma subida muito dura, mas não é assim tão inclinada e costuma ter vento de frente no final, então não é propícia para haver grandes cortes".
Almeida está expectante para ver a reação do público nacional neste seu regresso, embora reconheça que não está preparado para o que pode acontecer entre quarta-feira e domingo.
"Agora, sem regras de covid-19, se calhar até vai ser um bocadinho confuso e caótico, mas temos de lidar com isso também. É bastante bom sentir o apoio dos portugueses", declarou, respondendo "claro que sim" quando a pergunta foi se sonhava ganhar no Algarve: "A correr em casa e com um pelotão deste nível, seria mesmo muito bom".
A Volta ao Algarve arranca hoje em Portimão e termina no domingo, com um contrarrelógio em Lagoa, que vai consagrar o sucessor do belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).
O ciclista francês (Jumbo-Visma) tinha celebrado há poucos dias o triunfo na Gent-Wevelgem
Diretora de comunicação do Crédito Agrícola envergou a camisola amarela na 40.ª edição ao venezuelano Orluis Aular (Caja Rural), o primeiro a vencer dois anos seguidos
Diretor da Volta ao Alentejo nutre "um carinho especial" pela prova, que venceu em 1988
Mas custos seriam superiores...
Antigos colegas de Seleção ou mesmo de profissão ao lado do avançado, que criticou a postura de Susana Torres
Clube andaluz detém uma parte significativa dos direitos do jogador
Jogador reage a vídeo partilhado pela mental coach nas redes sociais
Jogador alemão fez o que quis dos adversários belgas