Vuelta: Maia desperdiça nova oportunidade

Cada dia que passa, são visíveis as dificuldades das equipas que ainda não lograram vencer na Vuelta deste ano em fazê-lo e restam três etapas para o conseguirem. Ontem, porém, o grupo de 12 formações que estavam em branco, ficou reduzido a menos uma, porque a Paternina logrou alcançar a vitória na 18ª etapa, com partida e chegada a Las Rozas, uma localidade nos arredores de Madrid, que ontem parou para receber a caravana.

O obreiro do triunfo foi Pedro Diaz Lobato que, a 13 quilómetros da meta, decidiu escapar ao grupo de fugitivos, do qual faziam parte ciclistas de outras equipas que também ainda não venceram nesta Vuelta, casos de José Luís Arrieta e José Garcia Acosta (Ibanesto.com), Rafael Schweda (Bianchi), Oscar Laguna (Fuenlabrada) e Joan Horrach (Maia/Milaneza/MSS). O vencedor da etapa conseguiu, em 13 quilómetros, distanciar-se dos companheiros de escapadela - a fuga começou com mais unidades, logo ao quilómetro 17 - em 44 segundos, graças, não só à sua ousadia, mas também a alguma indecisão dos restantes fugitivos, que não conseguiram entender-se na perseguição a Pedro Diaz Lobato.

"Aproveitou um momento de desatenção, quando o grupo controlava os corredores da Ibanesto. Depois, ninguém saiu na sua 'roda'. É a vida, um tinha que ganhar, venceu ele. Se pudesse escolher o vencedor, escolhia-me a mim, certamente", explicou o corredor maiato, para quem a formação portuguesa esteve outra vez activa. "A Maia tem dado sempre a cara".

A etapa acabou por correr de feição à ONCE, já que, devido à fuga, não teve muito para controlar, pois nenhum dos fugitivos colocava em causa a liderança de Isidro Nozal. Ontem, também não era uma bom dia para os principais adversários atacarem, mas hoje e amanhã, sim. O espanhol Roberto Heras (US Postal), assim como os homens da Kelme e Ibanesto.com, que se seguem logo na geral, dispõe hoje de uma excelente ocasião para, pelo menos, fazerem tremer o comandante. A etapa, muito sinuosa, é bastante propícia a ataques.

A etapa de hoje

Hoje, disputa-se a última etapa de montanha da Vuelta deste ano, não contando, claro, com a cronoescalada de amanhã. A ligação La Vega de Alcobendas-Collabo Villalba, também nos arredores de Madrid, não termina no alto, mas tem quatro contagens de montanha, que surgem nos 100 quilómetros finais. Duas são de terceira categoria, outras tantas de primeira, o Alto de Los Leones, uma subida com oito quilómetros e com uma inclinação média de 13,8 por cento, e o Alto de Navacerrada, uma ascensão de 11 quilómetros, com oito por cento de inclinação média, a 23 quilómetros da meta.

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