E a história não foi diferente em 2005, quando se pensava que um português ia correr o Giro. Nuno Ribeiro acabou por ser excluído...
EPO e cocaína foram duas das formas encontradas pelos ciclistas, ao longo da história do Giro, para se doparem. O italiano Danilo Di Luca foi mais um caso, ao ser suspenso preventivamente esta sexta-feira na sequência de um controlo antidoping positivo antes de iniciar a Volta a Itália.
O vencedor do Giro, em 2007, foi surpreendido em casa por uma equipa de controlo antes da prova começar e arrisca-se agora a uma suspensão vitalícia, já que este é o seu terceiro resultado positivo. Já em 2009, Di Luca tinha sido o protagonista de dois testes antidoping positivos durante a Volta a Itália e acabou por ser suspenso, durante nove meses, pela União Ciclista Internacional (UCI). O comportamento reincidente do atleta, de 37 anos, já levou a que o seu diretor desportivo tivesse mesmo admitido que os patrocinadores é que forçaram a entrada de Danilo na Vini Fantini.
"Di Luca é um idiota. Nunca o quis na equipa. Ele está doente e precisa de ajuda. Os patrocinadores escolheram-no e agora têm de assumir a responsabilidade", disse Luca Scinto.
Outros nomes
Além de Di Luca, na lista de dopados do Giro deste ano há ainda o francês Sylvain Georges, da equipa Ag2r, que acusou a substância ilegal heptaminol num dos controlos.
Contudo, se recuarmos até 1999, aparece novamente a EPO. Desta feita, através de Marco Pantani, que recebeu a brigada da UCI às 7.30 no seu quarto de hotel e acabou por acusar uma taxa de 52 por cento de hematócritos (50% é o máximo permitido). Na altura, a EPO ainda não estava regulamentada como doping , mas o ciclista italiano acabou por ser imediatamente suspenso e proibido de continuar em prova. Pantani teve ainda de ficar duas semanas sem competir e, antes de voltar à estrada, fazer novamente testes sanguíneos para saber se a taxa tinha baixado. Nesta altura, Pantani liderava o Giro.
Em 2001, foi a vez de Dario Frigo ser suspenso pela equipa por ter na sua posse produtos dopantes. Este caso envolveu ainda os italianos Alberto Elli e Giuseppe Di Grande, que acabaram por ser condenados, em 2005, a seis meses de prisão, com pena suspensa e ao pagamento de uma multa de 12 mil euros. Estiveram ainda envolvidos nesta patranha um massagista e mais dois corredores, Domenico Romano e Ermanno Brignoli, condenados a 6 e a 2 meses de prisão, respetivamente.
Mais tarde, em 2002, o "fantasma" do doping acabou por atingir outro italiano, Stefano Garzelli, que acabou excluído do Giro após a contra-análise ter acusado positivo, revelando probenicide, um diurético que serve para disfarçar outras substâncias. Garzelli ocupava o segundo lugar da prova, no momento em que foi suspenso, e mostrava ao Mundo que a caça ao doping estava a aumentar e a tornar-se cada vez mais eficaz no seio do ciclismo. Neste mesmo ano, a UCI acabou por descobrir que Gilberto Simoni – que defendia a vitória do ano de 2001 – estava sob o efeito de cocaína.
E a história não foi diferente em 2005, quando se pensava que um português ia correr o Giro. Nuno Ribeiro acabou por ser excluído da prova mesmo antes desta começar. O ciclista da Liberty Seguros registou, tal como Pantani, 52% de hematócritos.
Estes são alguns dos casos mais conhecidos de doping na Volta à Itália, mas não são os únicos. Em 2007, a UCI acabou mesmo por intensificar a caça ao doping na prova incluindo controlos no final e no início das etapas. Uma medida que parece ter tido efeitos, tanto no Giro, como no ciclismo mundial, onde se descobrem cada vez mais casos.
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