Decisão tomada após o abandono do camisola rosa, Remco Evenepoel
A Volta a Itália reforçou as medidas contra a covid-19, impondo a obrigatoriedade do uso de máscara nas zonas de contacto com os ciclistas, anunciou esta segunda-feira a organização, um dia após o abandono do camisola rosa, Remco Evenepoel.
"Tendo em conta os últimos desenvolvimentos relativos aos casos positivos em alguns corredores, a direção da Volta a Itália informa que o uso de máscara será obrigatório em todas as zonas de contacto com os corredores", informa a organização da 'corsa rosa', em comunicado.
Relacionadas
A medida estará em vigor já a partir de terça-feira na linha de chegada, no pódio, na zona mista ou nos parques onde estão estacionados os autocarros das equipas, detalha a nota.
Embora a Organização Mundial da Saúde tenha decretado, em 05 de maio, véspera do arranque do Giro, o fim da pandemia de covid-19, os casos de infeção 'explodiram' no pelotão, com o abandono de Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), no domingo, quando liderava a prova, a ser o exemplo mais mediático.
A desistência forçada do prodígio belga, horas depois de ter vencido a nona etapa e ter recuperado a camisola rosa que tinha vestido no primeiro dia, quando ganhou o contrarrelógio inaugural, 'obrigou' a organização da prova a tomar medidas.
"Algumas pessoas podem já ter estado em contacto [com o vírus], mas, pelo menos agora, fizeram qualquer coisa", congratulou-se o novo líder da 'corsa rosa', o britânico Geraint Thomas (INEOS), que, no sábado, já se tinha mostrado apreensivo com o aumento de casos no pelotão, depois do abandono do seu colega e 'estrela' do ciclismo italiano Filippo Ganna
Evenepoel, Ganna e Rigoberto Urán (EF Education-EasyPost), o duas vezes vice-campeão do Giro (2013 e 2014) que também abandonou no domingo, são os nomes mais sonantes de uma lista oficial de seis ciclistas que desistiram do Giro devido à covid-19, num elenco que até pode ser maior, uma vez que algumas equipas não avançaram os motivos para as desistências dos seus corredores.
O protocolo atualmente em vigor no ciclismo não obriga à realização de testes covid-19, no entanto, algumas equipas, como a Soudal Quick-Step, continuam a fazê-los como rotina.
A Volta a Itália cumpre hoje o primeiro dia de descanso da 106.ª edição, com o pelotão a regressar à estrada na terça-feira, para a 10.ª etapa, uma ligação de 196 quilómetros entre Scandiano e Viareggio.
A 'corsa rosa' é agora liderada pelo britânico Geraint Thomas (INEOS), que tem apenas dois segundos de vantagem sobre o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo, e cinco sobre o seu colega e compatriota Tao Geoghegan Hart, terceiro. O português João Almeida (UAE Emirates) é quarto, a 22 segundos.
Haverá ainda uma curta passagem pela Suíça. Final será em Roma
Edição do próximo ano do Giro vai correr-se de 9 a 31 de maio
Última etapa foi ganha pelo holandês Olav Kooij
Ciclista português de 23 anos desistiu da prova a 60 quilómetros do fim
Belgas e holandeses também perderam
Avançado uruguaio de 38 anos deve rumar ao Nacional de Montevideo
Jovem defesa do Boca Juniors fez confissão aos jornalistas
Central espanhol anuncia saída do clube, sem revelar qual será a próxima aventura