Ciclista esloveno da UAE Emirates promete, ainda assim, ficar de olho em Evenepoel
Tadej Pogacar considera que ainda está tudo em aberto na geral, mas promete ficar de olho em Remco Evenepoel, depois de o ciclista belga ter encurtado diferenças hoje ao vencer o contrarrelógio da sétima etapa do Tour.
"Não podemos tirar conclusões hoje, ainda temos a maioria do Tour pela frente, muitas coisas podem acontecer", declarou o corredor esloveno da UAE Emirates, em conferência de imprensa.
Antes, na 'flash-interview', Pogacar tinha lamentado não ter vencido a sétima etapa da Volta a França, na qual foi segundo a 12 segundos do belga da Soudal Quick-Step, que cumpriu os 25,3 quilómetros entre Nuits-Saint-Georges e Gevrey-Chambertin em 28.52 minutos.
"Perder contra o Remco, o campeão mundial e o melhor contrarrelogista do mundo neste momento, é uma boa sensação. Posso estar satisfeito. [...] Ganhei tempo ao Primoz [Roglic], ao Jonas [Vingegaard] e aos outros, por isso posso estar contente. Tenho de ficar de olho no Remco, está um pouco mais perto agora, mas também no Jonas e no Primoz, que podem mostrar boas pernas nas próximas etapas de montanha", resumiu.
Apesar de ter perdido para o 'estelar' belga, a estrear-se na Volta a França, 'Pogi' ganhou 22 segundos a Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) e 25 a Vingegaard (Visma-Lease a Bike). O campeão do Giro2024 tem agora 33 segundos de vantagem sobre Evenepoel e 1.15 minutos sobre o bicampeão em título, com 'Rogla' em quarto, a 1.36.
"Penso que fiz um bom contrarrelógio. Perder só 37 segundos para o Remco é um bom sinal", estimou o dinamarquês da Visma-Lease a Bike.
Vingegaard, que nem fez o reconhecimento do 'crono' antes de hoje, voltou a mostrar-se confiante, defendendo que esperava ceder mais tempo para o seu 'vice' nas últimas duas edições da 'Grande Boucle'.
"No ano passado, bati-o com mais vantagem [no contrarrelógio] e ter perdido só 25 segundos é positivo. Continuo a ter ambição, mas é preciso ver como responde o corpo. A etapa de hoje era aquela em que pensava que perderia mais tempo", admitiu.
Diariamente, o líder da Visma-Lease a Bike vai insistindo que esperava estar mais atrasado em relação a Pogacar, numa alusão à sua convalescença após a queda grave que sofreu na Volta ao País Basco no início da abril e que o deixou duas semanas no hospital, com fratura de clavícula e várias costelas, uma contusão pulmonar e um pneumotórax.
"Acredito que esta diferença não é irrecuperável", assinalou.
O 'crono' da sétima etapa deixou, aparentemente, os principais favoritos confiantes, nomeadamente Primoz Roglic, que fez um exercício de menos a mais e foi terceiro na meta.
"Fiz tudo o que podia, pelo que estou contente com a minha performance. É um bom sinal para o que vem a seguir. Estou otimista, contente e desejoso de ver o que acontece daqui em diante", disse o esloveno de 34 anos.
A 111.ª Volta a França tem, assim, após a sétima etapa, os 'Big 4' nos quatro primeiros lugares da geral, com Evenepoel a ser mesmo a grande surpresa.
"Não estávamos a pensar nas diferenças na geral, só queríamos vencer a etapa, e isso está feito. Foi um dia perfeito para mim e para a minha equipa. Ganhei tempo aos outros, por isso missão cumprida", declarou o belga.
'Vice' da geral, o vencedor da Vuelta2022 admite, ainda assim, que Pogacar é "inalcançável".
"À medida que passam os dias, melhor me vou sentir. Provavelmente, iremos focar-nos mais no pódio. Temos de lutar por isso, porque penso que tenho as pernas necessárias. Só temos de continuar e desfrutar deste Tour", concluiu o belga, que aos 24 anos completou hoje a trilogia de vitórias em grandes Voltas.
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