Vuelta: Duas pessoas detidas e 22 polícias feridos após incidentes em Madrid

As imagens da manifestação pró-Palestina na última etapa da Vuelta
• Foto: AP

Duas pessoas foram hoje detidas após os incidentes que fizeram cancelar a 21.ª etapa da Volta a Espanha em bicicleta, que culminaria num circuito em Madrid que foi invadido por manifestantes pró-Palestina, causando ferimentos a 22 polícias.

Segundo indicaram fontes policiais à agência noticiosa EFE, os dois detidos foram identificados por desordem pública nos momentos que se viveram nas várias manifestações que causaram disrupção no percurso da 21.ª tirada da Vuelta, que acabou por ser cancelada pela organização, assim como as cerimónias de pódio.

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Os 22 polícias feridos sofreram contusões ao serem atingidos com objetos e com o derrube das baias de proteção do recinto desportivo, protegido por um forte dispositivo policial composto por 1.100 agentes e 400 guardas civis.

A etapa, que chegaria à praça Cibeles, foi interrompida a 56 quilómetros da meta devido a esta invasão das ruas por manifestantes solidários com a causa palestiniana, denunciando "o genocídio" de Israel em Gaza, além de serem contrários à participação da Israel-Premier Tech na corrida.

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Embora o dispositivo de segurança na capital espanhola fosse o maior de sempre num evento desportivo e o maior desde a cimeira da NATO, em 2022, ninguém conseguiu travar os manifestantes, em protesto contra a presença da equipa Israel-Premier Tech.

Ficou sem pódio o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), campeão da Vuelta, assim como o segundo classificado, o português João Almeida (UAE Emirates), no melhor resultado da carreira em grandes Voltas.

O Governo espanhol e a organização da prova sugeriram à equipa israelita que se retirasse da Vuelta, o que esta recusou fazer para não abrir um "precedente perigoso", e a União Ciclista Internacional (UCI), que em 2021 baniu equipas russas e 'retirou' a bandeira dos ciclistas daquela nacionalidade, condenou os incidentes, sem tomar qualquer decisão.

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A Vuelta ficou, assim, marcada por constantes alterações ao percurso, uma etapa cancelada, outra sem vencedor, e uma outra com uma meta improvisada, culminando nos incidentes de hoje.

As forças israelitas têm em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou mais de 64.600 mortos no território governado pelo Hamas desde 2007, após um ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023.

Israel, que anunciou uma operação para tomar a cidade de Gaza, no norte do enclave, tem sido acusado de genocídio e de usar a fome como arma de guerra, que nega.

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A ONU declarou em agosto uma situação de fome no norte de Gaza, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.

Por Record com Lusa
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