A Vuelta’2024 não vai ser propriamente uma Volta a Espanha, mas antes uma Volta à Ibéria, tendo em conta que as três primeiras etapas serão realizadas em Portugal, tal como aconteceu em 1997, para promover a Expo’98. Na altura, as entidades portuguesas envolvidas gastaram mais de 100 mil contos (meio milhão de euros na moeda atual), pelas ligações Lisboa-Estoril, Évora-Vilamoura e Loulé-Huelva, mas deram o dinheiro por bem entregue. Foi promovido o evento do Século, dinamizou-se o turismo e vieram a Lisboa e ao País as grandes estrelas do pelotão internacional, com o suíço Alex Zulle a confirmar o seu favoritismo na geral. A presença de equipas recheadas de portugueses, como a Banesto (Orlando Rodrigues) e a Maia (José Azevedo, Cândido Barbosa, Joaquim Andrade, entre outros), também animaram a fiesta. Desta vez, a Vuelta regressa com custos bem mais elevados, mas terá um impacto ainda maior, dada a cobertura mediática e a internacionalização das grandes voltas, de que também são exemplo o Tour e o Giro.