Português chega à última semana a 48 segundos do camisola vermelha
João Almeida chega à última semana da Volta a Espanha, que começa esta terça-feira, com grandes hipóteses de ser o primeiro português a vencer uma Grande Volta. Está a 48 segundos de Jonas Vingegaard, mas o seu discurso de antevisão ao que ainda falta disputar é... de alguma cautela.
"Têm sido duas semanas muito duras de corrida, mas estamos à espera de uma última semana também muito dura, com muito desnível, chegadas em alto, e um contrarrelógio. Esperamos manter a boa forma e sem azares", começou por dizer o ciclista da Emirates, esta tarde, numa videoconferência de imprensa com a comunicação social portuguesa.
"Vamos continuar a dar o nosso melhor, não vai ser tarefa fácil anular a desvantagem, mas vamos lutar por todos os segundos. Para ganharmos tempo é preciso só uma coisa, ser superior ao adversário", frisou ainda João Almeida, para quem "todas as etapas" da última semana "são importantes", pois "quase todos os dias há chegadas em alto, pode também haver ventos laterais. Tudo se vai resumir à capacidade física".
Para trás, já ficou a vitória no Angliru, onde, todavia, não foi possível ganhar tempo a Jonas Vingegaard. "Foi interminável, aquele último quilómetro nunca mais acabava, mas foi especial vencer lá", reconheceu.
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Ainda que a corrida monopolize praticamente o seu tempo, João Almeida tem conseguido inteirar-se do mediatismo que está a ter, sobretudo em Portugal. "Tenho um pouco de noção do que vou vendo nas redes sociais, vi as capas dos jornais, é sempre bastante bom ter atenção em Portugal. Prometo dar o meu melhor e corresponder às expectativas, mas vai ser difícil", sublinhou.
Certo é que já sente um "orgulho" enorme poder igualar Joaquim Agostinho, que foi segundo na Vuelta em 1976. "É uma honra, mas são tempos diferentes, provavelmente nessa época era mais difícil, mas dá-me mais motivação poder fazer o que ele fez", disse o ciclista de A dos Francos.
E de Tadej Pogacar tem recebido mensagens. "Dele e de outros colegas. Vamos sempre nos motivando uns aos outros, damos-nos todos bem, há bom ambiente na equipa", frisou.
E ao seu lado na Vuelta tem Ivo Oliveira. "Não tem que provar nada a ninguém, é um corredor com muito valor, muito bom e o facto de ser português é ainda melhor. Tudo fica ainda mais fácil. É um orgulho estarmos os dois nesta corrida", vincou.
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