Organização garante continuidade mas Vuelta pode mesmo não chegar a Madrid

Protestos pró-Palestina intensificam-se e são cada vez mais perigosos para os ciclistas

Protesto pró-Palestina
Protesto pró-Palestina • Foto: EPA

Javier Guillén, diretor da Volta à Espanha, garantiu que a Volta a Espanha “não vai parar”, estando a organização da corrida a fazer de tudo para a corrida chegar ao fim, domingo, em Madrid. Mas, na verdade, existe o risco e, elevado, de a última Grande Volta de três semanas terminar antes do previsto, isto porque, ao contrário do que seria de prever, após a equipa da Israel ter retirado o nome do país das camisolas, os protestos pró-Palestina não pararam, antes, têm sido intensificados.

E ontem, não houve outra solução que não neutralizar a 16ª etapa a 8 km da meta devido ao facto de aí para a frente os manifestantes serem em grande números e de terem até colocado obstáculos na estrada, que punham os ciclistas em perigo. Foi anulada então a subida final, das quatro que houve, que coincidia com uma meta de segunda categoria.

Escapada deu triunfo

A etapa estava a desenrolar-se em duas frentes: uma fuga com quase 20 unidades e mais atrás o pelotão dos favoritos, que seguia, digamos, tranquilo, à espera da última subida para mexer na corrida. Assim pensou por exemplo João Almeida (Emirates). “Foi mais um dia duro de corrida, sabíamos que a vitória na etapa ia estar na fuga, e atrás íamos talvez lutar por algumas diferenças de tempo”, explicou o português.

A fuga acabou por chegar à meta antecipada fracionada e com dois ciclistas para discutirem a vitória – desta vez, ao contrário da outra neutralização, houve vencedor: Egan Bernal (INEOS) e Mikel Landa (Soudal). O colombiano levou a melhor sobre o espanhol, regressando às vitórias nas Grandes Voltas, que não acontecia desde o Tour de 2021, tendo sido a sua estreia a triunfar na Vuelta.

À espera de boas pernas

Com o grupo de Vingegaard e Almeida a chegar mais de cinco minutos depois, e sem a subida final, tudo ficou na mesma quanto aos primeiros da geral.

O dinamarquês da Visma chega à etapa de hoje, mais uma decisiva, espera-se que assim seja, sem neutralizações, com os mesmos 48 segundos sobre o português da Emirates.

“Esperamos ter boas pernas para amanhã [hoje] para a chegada em alto e que corra tudo bem, que não haja azares”, frisou João Almeida.

Por Record
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