Prova tem enfretado várias manifestações contra a presença da equipa de Israel
O líder da Volta a Espanha em bicicleta, o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), e o segundo classificado, o português João Almeida (UAE Emirates) disseram compreender os protestos pró-Palestina à margem da corrida.
"Para ser sincero, acho que todos nós sentimos que o que se passa aqui, com todas as pessoas que se têm manifestado, é que procuram uma forma de chegar às notícias. Sentem que não há atenção suficiente, estão muito desesperadas, e é por isso que o fazem", explicou Vingegaard, em conferência de imprensa no último dia de descanso da Vuelta.
Também Almeida considerou que "toda a gente tem o direito de protestar e manifestar-se pelo que acha que é correto".
A Volta a Espanha tem contado com a presença constante de pessoas que apoiam a causa palestiniana, face à invasão israelita em Gaza, com bandeiras ao longo do percurso das etapas e manifestações de solidariedade, protestando, além disso, a presença da equipa israelita Israel Premier Tech.
A equipa mudou entretanto os equipamentos, para não se identificar com o país, mas os protestos prosseguem, tendo levado à anulação de uma chegada e à alteração de alguns dos traçados, por receio de que os ciclistas sejam importunados na estrada, como aconteceu com a Premier Tech no contrarrelógio por equipas ou, no domingo, com dois ciclistas que caíram após sentirem a aproximação de um manifestante.
O Governo espanhol e a organização da prova sugeriram à equipa israelita que se retirasse da Vuelta, o que esta recusa fazer para não abrir um "precedente perigoso", e a União Ciclista Internacional (UCI), que em 2021 baniu equipas russas e 'retirou' a bandeira dos ciclistas daquela nacionalidade, condena os incidentes, sem apontar a qualquer decisão.
João Almeida lamentou que as manifestações possam "colocar os corredores em perigo", o que considera que "não faz muito sentido", discordando dessa opção de "interferir com a corrida".
Vingegaard afirmou que é "desafortunado que os protestos tenham de acontecer na Vuelta", mas atribuiu essa posição "ao muito desespero e a necessidade de mais atenção" para o que se passa em Gaza.
No domingo, na chegada a Monforte de Lemos, o camisola vermelha da corrida já tinha descrito a situação em Gaza como "horrível", considerando que os manifestantes "querem uma voz, fazem isto por uma razão".
Também hoje, um representante da autarquia de Valladolid disse à agência noticiosa EFE que o contingente policial para o contrarrelógio individual de quinta-feira, naquela cidade, foi reforçado com mais 450 agentes, alguns deles à paisana, antecipando mais protestos na corrida.
As forças israelitas têm em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou mais de 64.600 mortos no território governado pelo Hamas desde 2007, após um ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023.
Israel, que anunciou uma operação para tomar a cidade de Gaza, no norte do enclave, tem sido acusado de genocídio e de usar a fome como arma de guerra, que nega.
A ONU declarou em agosto uma situação de fome no norte de Gaza, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.
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