O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita acusou este domingo o primeiro-ministro Pedro Sánchez de ser "uma vergonha para Espanha", depois de a última etapa da Vuelta em bicicleta ter sido cancelada devido a protestos pró-palestinianos.
Gidéon Saar afirmou que Sánchez e o Governo "incentivaram os manifestantes a sair às ruas" para travar a corrida, considerando que o episódio representa um sinal de cumplicidade com os protestos.
"Sánchez e o seu governo: a vergonha de Espanha", escreveu Saar na rede social X.
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Depois da invasão das vias por onde devia passar o final da Vuelta, no centro de Madrid, seguiram-se cargas policiais e as autoridades usaram gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes.
Às 20:00 (19:00 em Lisboa), dezenas de pessoas continuavam a ocupar alguns pontos das ruas e avenidas da cidade, sem registo de feridos ou danos significativos devido às manifestações e à resposta policial.
As manifestações pró-Palestina e contra a participação da equipa israelita Israel-Premier Tech marcaram toda a edição deste ano da Vuelta, desde a primeira etapa. Para a final, as autoridades espanholas tinham mobilizado mais de 1.500 polícias, num dispositivo de segurança considerado o maior de sempre para um evento desportivo em Madrid e o maior desde a cimeira da NATO de 2022. Ainda assim, os manifestantes conseguiram invadir o circuito da etapa e parar o pelotão a 56 quilómetros da meta.
O cancelamento da última etapa desencadeou também uma forte polémica política em Espanha.
O líder da oposição e do Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, acusou o Governo de ter instigado os protestos e de provocar "um ridículo internacional transmitido em todo o mundo".
Por seu lado, membros do executivo, incluindo Sánchez e a vice-primeira-ministra Yolanda Díaz, defenderam publicamente as manifestações em apoio à Palestina.
Esta manhã, antes do início da etapa da Vuelta que não chegou a terminar, Sánchez manifestou "admiração pelo povo espanhol que se mobiliza por causas justas como a da Palestina", referindo-se de forma concreta aos protestos que marcaram a prova desde o primeiro dia, inicialmente focados contra a participação da equipa israelita Israel-Premier Tech.
Depois do cancelamento da última etapa da Vuelta deste ano, Yolanda Díaz considerou que os protestos de hoje e durante toda a prova são "um exemplo de dignidade" perante "o genocídio em Gaza".
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