Sistema rotativo de escalões etários "é motivo de preocupação" para a Comissão do COP
A Comissão de Educação Física e Desporto na Escola do Comité Olímpico de Portugal (COP) manifestou esta segunda-feira "preocupação" com o sistema de rotatividade dos campeonatos nacionais de desporto escolar, que pode gerar "discriminação" na fase evolutiva de atletas-estudantes.
O parecer, hoje divulgado, responde às notícias de que os Nacionais de desporto escolar vão assumir um sistema rotativo de escalões etários, o que "é motivo de preocupação" para a Comissão do COP.
"A realização de Campeonatos Nacionais ano sim, ano não, é de difícil compreensão, frustrando certamente as expectativas dos alunos, num processo de formação desportiva que se pretende contínuo", pode ler-se no texto apresentado.
Lembrando o Plano Estratégico do Desporto Escolar 2021-2025, a Comissão nota que a opção pela rotatividade dos iniciados e juvenis "introduz inevitavelmente uma discriminação entre as possibilidades de progressão de diferentes gerações".
No novo sistema, um atleta nascido em 2008 pode participar em Nacionais este ano, mas também em 2024 e 2026, enquanto um aluno nascido em 2009 participará apenas em 2025.
"Esta discriminação e intermitência são prejudiciais à motivação de alunos e professores e aumentarão o desfasamento entre os níveis competitivos do desporto escolar e do desporto federado. Que competição terão nos anos em que não há Campeonatos Nacionais? Que investimento faz sentido fazer nesses anos? Como ou quais serão as modalidades abrangidas por esta rotatividade", questiona a comissão.
O documento nota ainda que algumas modalidades, da natação ao golfe, surf, vela e orientação, além da ginástica, podem ter alunos de vários escalões, enquanto as modalidades coletivas saem "fortemente prejudicadas por esta medida".
A Comissão nota ainda que falta esclarecer como serão organizados os regionais, quer em ano sem Nacionais quer nos mesmos, bem como a participação internacional e o apuramento para estas competições.
"O ano letivo de 2022/2023 estava já marcado por um atraso considerável na realização das reuniões preparatórias dos quadros competitivos locais e regionais do Desporto Escolar, que se verificaram apenas no início do ano de 2023. Tal atraso comprometeu irremediavelmente o período disponível para a recuperação plena das atividades internas e externas destinadas aos alunos e à sua formação", após três anos afetados pela pandemia de covid-19, lembra aquela Comissão.
Com vista ao combate do sedentarismo, à mudança de mentalidades e ao incentivo da brincadeira, jogar à bola e praticar desporto, Fernando Gomes anunciou o objetivo de alargar o projeto às mais de 3500 escolas do ensino básico do país, regiões autónomas inclusive, prevendo um "investimento de mais de meio milhão de euros", no próximo ano letivo, "num programa que é para toda a gente".
De acordo com a ministra, estão por entregar 1.780 kits de bicicleta e capacetes em 863 escolas de Portugal e, até 31 de março, tinham sido distribuídos 763 kits em 371 escolas, o que significa 43% da execução do programa "Desporto Escolar sobre rodas".
"Muitos destes jovens que estão nos pódios internacionais em muitas modalidades não o estariam porque os pais se teriam visto obrigados a fazer uma opção sobre a sua carreira, e bem", constatou o responsável político.
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