Três meses depois do ouro nos World Games, Catarina Dias ficou esta quinta-feira mais perto de completar um ano de sonho, ao apurar-se para a final de K1 -70kg do Mundial WAKO que decorre em Abu Dhabi. Diante da israelita Polina Grossman, que curiosamente havia derrotado na tal final dos World Games, a portuguesa venceu de forma clara por 3-0 e assegurou a sonhada final.
Após a luta, ainda com as emoções a quente, mostrou-se satisfeita com aquilo que produziu. "Foi um combate bastante controlado. Tinha de ter muita cabeça, porque como a defrontei nos World Games, ela ia com toda a vontade de me ganhar. Mas senti que ela vinha com muito respeito, porque sabe que posso ser superior a ela. Tenho mais estratégias e muito mais jogo. Senti que tinha mais potência e sinto que isso fez diferença. Com as indicações do canto, porque é basicamente a nossa segurança, fez com que não me perdesse emocionalmente, que mantivesse a cabeça fria e levar o jogo com calma. Foi sempre a crescer até ao último round", disse-nos a atleta transmontana de 27 anos.
Nesta meia-final, Catarina Dias repetiu a vitória da China mas fez a desforra pelo desaire no Europeu da Grécia do ano passado. Mas sem pensar em vinganças. "Tudo está na mão de Deus. Quem tem fé sempre alcança. Quando não estamos felizes é aí que tirámos o nosso resultado. Sinto-me feliz a jogar, a conhecer-me a mim mesma, porque a vida passa e às vezes esquecemo-nos de olhar interiormente. Eu olho-me interiormente neste momento e sinto que consigo muito mais. É muito desafiador, vai sempre buscar algo, começo a conhecer-me melhor a mim mesma. Mas não foi uma vingança. Ela ganhou-me na Hungria, antes dos World Games... Aí senti que o combate foi meu, mas a arbitragem não ajudou. Não só por ter grande equipa, mas por terem uma equipa grande por trás na arbitragem", lembrou.
Quanto à final, pela frente terá a sérvia Aleksandra Krstic, que superou nas 'meias' a checa Tereza Cvingerová. Há referências de duelos anteriores, mas sem nada que a demova do sonho de trazer o ouro. "Já joguei com ela no Europeu. Não me recordo bem como me senti. Amanhã vou dar o melhor de mim. Sinto que ainda não dei o melhor de mim, dei 50%. É step by step... e amanhã vou ter o mesmo controlo, capacidade emocional e segurança em cima do ringue. A sérvia vem preparada, bate muito pro, mas não é isso que me vai tirar o foco na vitória. Quero trazer o ouro para casa e mostrar que somos valentes como diz o nosso hino."
E, se isso suceder... "Seria o meu sonho concretizado. Os World Games são uma espécie de Olímpicos das modalidades não oficiais, mas aqui é um pouco mais renhido, mais difícil. Na minha categoria está tudo muito pesado. São atletas profissionais, que fazem disto a vida delas e isso faz com que tenhamos mais respeito. Porque uns subiram e outros desceram, porque aqui estão os tubarões todos!"
A atleta transmontana é a segunda portuguesa a apurar-se para uma final nestes Mundiais WAKO, juntando-se a Sofia Oliveira, que horas antes se qualificou para a decisão de -60kg.
Os restantes portugueses
Além do sucesso de Catarina Dias e Sofia Oliveira, a jornada portuguesa em Abu Dhabi esta quinta-feira teve mais quatro portugueses em ação, mas todos sem triunfos. No ringue, Cátia Batista foi derrotada na meia-final de K1 –52kg pela checa Klara Strnadova e terá de contentar-se com o bronze. Já João Barros caiu perdeu nos ‘quartos’ de Low Kick -71kg perante o búlgaro Atanas Dimov.
Quanto ao tatami, Emanuel Cortes e Nuno Lopes perderam nos combates das ‘meias' e, dessa forma, saem de Abu Dhabi com as medalhas de bronze que tinham garantido na véspera, as primeiras das suas carreiras em Mundiais. Ambos queriam mais, como assumiram, mas por outro lado frisaram o orgulho por terem alcançado este feito.
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