K1 Pro Night: quarteto português bateu peso e está pronto para a 'batalha'

Ricardo Hilário, Bassó Pires, Iuri Fernandes e Sofia Oliveira em ação em Abu Dhabi

Tudo pronto para a batalha. Os quatro lutadores portugueses alinhados para participar este sábado no K1 Pro Night, em Abu Dhabi, bateram os respetivos pesos e estão, por isso, aptos para no sábado avançarem e mostrarem todos os seus argumentos em ringue em mais um evento de alto nível em solo dos Emirados Árabes Unidos.

Do quarteto luso, aquele que entra numa luta de maior importância é Ricardo Hilário. O kickboxer da KO Team, de 21 anos, joga pelo título de título intercontinental de peso mosca, diante do local Mohamed Touizi, e é com motivação em alta que enfrenta este desafio. "Quero em primeiro lugar mostrar o meu trabalho e dar espectáculo. O objetivo é sempre dar o melhor combate da noite, mas claro que quero levar o cinto para casa. Quero fazer um bom combate, ficar satisfeito com a minha prestaçãp e levar o cinto para casa. Não foi uma preparação perfeita, tive uns toques aqui e ali, mas isso não impede nada".

Sem estar em luta de títulos, Iuri Fernandes e Sofia Oliveira entram em ação nesta gala com um foco bem definido: começar a preparar de forma intensiva os Jogos Mundiais do próximo ano.

"As expectativas estão altas. Trabalhámos bem logo após o Campeonato da Europa e vimos confortáveis e confiantes. Vamos acreditar no nosso trabalho e no que estamos a desenvolver. Aqui o jogo é diferente, os combates têm mais tempo. Foi adaptar um pouco cardio, mas a mudança foi boa. Pensei que ia ser pior, mas foi rápido", disse-nos Sofia Oliveira, que neste evento enfrentará no peso leve a finlandesa Emmi Saarela.

Quanto a Iuri Fernandes, que lutará em super pesados contra o hispano-marroquino Mohammed Hamdi, segue a mesma linha. "As expectativas para amanhã são as mesmas de sempre: a vitória. Mostrar o meu trabalho e terminar o meu ano em grande. A recuperação do Europeu correu bem, mas a primeira semana foi complicada, pois vinha com alguns toques. Recuperei e depois fiquei doente. Custou um bocadinho no ínicio, mas nada de mais".

Já para Bassó Pires esta gala será uma forma de confirmar a qualidade do trabalho que tem feito. "Quero dar o meu melhor e conto com a vitória. Mas é algo que não controlo, por isso o meu foco é sempre dar o meu melhor. Depois do Europeu, é uma mudança grande na preparação, especialmente no estilo de jogo, mas gostei bastante deste ciclo de preparação do Europeu. Tive a noção de que estou preparado e que posso fazer melhor", afiançou o lutador da KO Team, que jogará no peso médio contra o holandês Bogdan Shumarov.

Presente na conferência de imprensa de antevisão do evento, o português Carlos Ramjanali, CEO da WAKO Pro, enalteceu a evolução dos Emiratos Árabes Unidos no capítulo da organização. "É incrível o trabalho feito. Todos os anos evoluem na organização e nos combates. O nosso foco é dar espaço aos atletas para estar em bons eventos no mundo. Tem sido um trabalho incrível que tem sido feito", disse.

Os quatro portugueses combatem no cartaz principal, a partir das 20 horas locais (menos 4 horas em Lisboa). Poderá seguir todos os combates da noite no site de Record.

João Diogo com boas perspetivas

João Diogo, como presidente e treinador da KO Team, mostra-se otimista para a performance dos seus três atletas. "Tenho perspetiva de que façam excelentes lutas e que demonstrem o nível e condição que têm. Estão top, mas também terão pela frente oponentes de top. Neste nível só interessa a vitória, já não há aquela coisa de fazer um bom combate. Honestamente tenho muita confiança nos meus três atletas e que vamos conseguir três vitórias".

Num âmbito mais global, abordou também aquilo que representa para Sofia Oliveira e Iuri Fernandes competir nesta fase, isto tendo em vista os Jogos Mundiais do próximo ano. "É importante manterem-se no mundo da competição num nível alto. É fundamental para terem estímulos e é também importante nesta fase estejam a rodar sempre num nível alto, para chegaram a Chengdu em altas".

De resto, João Diogo abordou ainda as diferenças entre este tipo de galas e um campeonato como o Europeu. As diferenças essenciais, explica, estão nas pesagens (aqui é feita no dia anterior, ao passo que num Europeu é na manhã da luta) e também no foco que é dado na preparação do adversário e até na especificidade destas lutas - há 3 rounds de 3 minutos, 'contra' os 3 de 2 minutos dos Europeus. "Toda a preparação física e tática tem de mudar", explica.

Por Record
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