João Silva conquista duas medalhas de ouro em provas WAKO
João Silva, atleta da KO Team Portugal, conquistou duas inéditas medalhas de ouro no Open da Turquia e na primeira edição dos Jogos de Combate Mediterrâneos (que deverão acontecer em Portugal no próximo ano), provas organizadas pela WAKO – a única federação de kickboxing reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional - que terminaram hoje, em Istambul, e que levaram a esta cidade turca mais de 6000 atletas de 51 países.
Numa comitiva liderada pelo treinador Ricardo Quintela (Norte Forte Portugal) em substituição do selecionador Raul Lemos, Portugal ganha o ouro na primeira edição dos Jogos Mediterranos em K1 rules numa das mais competitivas categorias de peso, os 70 quilos. "Foi bastante complicado ter de dar o peso todos os dias. Subi ao ringue seis vezes em 3 dias, com um sorteio pouco simpático, sempre com atletas experientes e duros, do Leste da Europa mas conseguimos trazer o ouro", frisou o atleta, ainda emocionado com a forma como acabou a competição.
"Estar presente num evento destes, com tantos atletas é uma loucura. Cresci a ver as competições da WAKO, a ver os meus idolos a serem medalhados e consegui hoje estar aqui a escrever a minha história, é uma sensação única para mim. Consegui visualizar este momento e agora estou a vivê-lo, duplamente, com o ouro nos Jogos Mediterrâneos em K1 Rules e no Turquish Open, em low-kicks", sublinhou.
Se em K1 Rules o caminho para ouro colocou dois duros atletas da casa na sua frente, Ali Husein Kaya e Enes Sadik Yavus, no Turkish Open, numa pool de 14 atletas, João Silva bateu por 3-0 Yunos Karasacli e Furkan Ginbeyi, nos 'oitavos' e quartos de final, respetivamente. A sorte de passar à final direto porque o adversário chumbou na balança e não conseguiu ter o peso regulamentar, trouxe logo de seguida a má noticia da final ser contra o atleta usbeque Davlatbek Rayimjonov, um dos mais experientes nas competições da WAKO em prova. Ainda assim não deixou dúvidas nos juizes e com a estratégia bem pensada conseguiu levar de vencido este duro atleta e trazer o ouro para casa.
"Foi impressionante!"
Para Ricardo Quintela, treinador do Norte Forte, a dimensão da prova foi marcante. "É impressionante, deve ser a maior prova de kickboxing do mundo, quase seis mil atletas, é incrível. Foi a primeira vez que estive presente como selecionador interino, em substituição do Raul Lemos, e correu bem, ligámos bem e levamos história feita para Portugal", assumiu.
Sobre a hipótese desta prova se realizar em Portugal na próxima edição, Quintela não tem dúvidas: "Vai ser um sucesso, já provámos repetidamente que sabemos o que fazemos, a Liga FNKDA tem crescido todos os anos, as provas do Casino esgotam numa semana, organizámos a maior prova de sempre de kickboxing em Portugal, o Mundial WAKO, em Albufeira, é impossivel comparar o impacto do que fazemos. O Mundial de Albufeira trouxe um impacto financeiro na região de mais de 3,5 milhões de euros, gerámos emprego, notoriedade e tivemos o Mundial com mais combates de ringue de sempre. Se fazemos isto sem apoios, vejam o que faremos quando os tivermos", enalteceu. "A verdade é que hoje temos muito que celebrar e o João Silva muito que descansar. Fazer três combates no mesmo dia, seis no total, sempre com a pressão da balança, estamos de parabéns. Uma palavra de muita confiança para o Rodrigo Conceição que se estreou numa prova internacional desta grandeza nas disciplinas de tatami. Mostrou a sua fibra e o potencial para voltar, estamos todos orgulhosos do que fez. Nas provas da WAKO o acesso às medalhas é duro ", concluiu.
"Esta prova em Portugal? Com apoios falamos"
Carlos Ramjanali, membro do board da WAKO, ficou feliz com a promissora prova. "Há que dar os parabéns em primeiro lugar ao João Silva pelo duplo ouro, é uma conquista estupenda principalmente pela categoria de peso, o superwelter, sempre muito concorrida. Depois, também ao Rodrigo Conceição pela estreia, ao treinador Ricardo Quintela, que faz com a sua paixão e dedicação ajudem os outros a crescer e ao árbitro José Lameiro, foi um fim de semana intenso e frutuoso", começou por assumir.
Sobre a prova, que reuniu mais de seis mil atletas, poder realizar-se no nosso país, Carlos Ramjanali é cauteloso. "Esta primeira edição podia ter acontecido em Portugal, já fizemos aqui o Mundial da WAKO e esta, de facto, já tinha sido discutida internamente e até falada com alguns grupos hoteleiros em Portugal. Mas a verdade é que provas desta dimensão internacional, provas oficiais, precisam de ter também mais algum apoio oficial para poderem acontecer. Quantas provas conhece, que tenham sido feitas em Portugal, que tenham uma participação de seis mil atletas?", questiona.
No entanto, é possível que aconteça mesmo mas sobre isso "teremos de falar mais perto do verão", conclui. "Posso dizer-lhe que fechámos este fim de semana a organização de uma prova para Portugal, de uma marca internacional fortíssima com grande notoriedade e que vai alavancar muito os atletas portugueses. Mas sobre provas gigantes como este Campeonato do Mediterrâneo teremos de falar mais à frente".
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