Mike Tyson prepara Ngannou para combate épico com Tyson Fury: «Ter pressão é um privilégio»

Lendário pugilista treina franco-camaronês para combate na Arábia Saudita

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Cristiano Ronaldo brilha na promoção do combate Fury vs Ngannou

Mike Tyson está a treinar o franco-camaronês Francis Ngannou para o seu combate com Tyson Fury na Arábia Saudita, a 28 de outubro. Uma parceria que nasceu do desejo, tornado público, do ex-campeão da UFC em ter a lenda do boxe como apoio e pretexto para Tyson, agora com 57 anos, recordar uma vida cheia de altos e baixos.

Ngannou treina na academia de boxe de Tyson, em Las Vegas, onde o ex-pugilista nascido em Brooklyn, Nova Iorque, se estabeleceu há alguns anos. Para trás ficaram três casamentos que lhe deram sete filhos. ‘Iron Mike’, que venceu 50 dos 58 combates em que participou, 44 deles por ‘KO’, teve uma vida atribulada. Perdeu a mãe quando ainda era adolescente e foi preso aos 20 anos. "Toda a minha vida foi um desperdício, um fracasso", chegou a dizer há uns anos. Mas agora parece bem mais calmo e bem consigo próprio.

"A maior pressão que senti foi na primeira vez que lutei pelo título, em 1986 contra Trevor Berbick. Mas percebi então que ter essa pressão é um privilégio", assinalou Tyson, procurando tranquilizar Ngannou para o combate que se avizinha. "Estou a ajudá-lo e a ver o que é capaz de fazer, que é muito mais do que esperava", considerou. Na ótica de Mike Tyson, o pugilista de 37 anos nascido nos Camarões "pode deixar qualquer um KO" e "assim que der um soco na mandíbula de Tyson Fury, ganhará o combate". "Ninguém pode sobreviver a isso", sentencia.

A tática do lendário pugilista sempre foi colocar a pressão sobre o oponente, forçando-os a cometer um erro antes de desferir o seu golpe, normalmente… fatal. E não tem dúvidas sobre qual a vitória que lhe deu maior satisfação. "Larry Holmes, em 1988. Ele tinha batido em Muhammed Ali oito anos antes, em Las Vegas, e disse a mim mesmo que ia vingá-lo".

Fury luta muito

A nova geração de pugilistas é considerada por Tyson como mais atlética. "Agora é diferente. Há lutadores de grande qualidade, que só precisam de lutar entre si. Joe Joyce, por exemplo, pode desafiar qualquer um. Mesmo derrotado duas vezes, não deixa de lutar", diz o homem que mordeu a orelha de Evander Holyfield em 1997, o mais jovem campeão do mundo (20 anos) de pesos-pesados.

O britânico Tyson Fury, que será o adversário de Ngannou em Riade, é alvo de elogios do antigo pugilista. "Não é o maior de todos os tempos, mas um dos maiores. Está num nível muito alto. Vai sempre proporcionar uma boa noite de boxe e lutar muito. É preciso acertá-lo em cheio, pois ele sempre se levanta e luta muito", assinalou.

Por Gonçalo Vasconcelos
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