Comissão de Atletas Olímpicos viu "com enorme agrado" medidas do Governo para o desporto

Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo

Emanuel Silva (ao centro) preside à CAO
Emanuel Silva (ao centro) preside à CAO • Foto: COP

O presidente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO), Emanuel Silva, disse que recebeu "com enorme agrado" as medidas para o desporto anunciadas na quinta-feira pelo Governo, garantindo que foram ouvidas as propostas da instituição.

"Recebemos com enorme agrado, satisfação. Agora é pôr em prática tudo aquilo que foi explanado e obviamente esperar, expectante, para que nada falhe e nada falte. Porque o que está explanado e o que foi apresentado são boas medidas e nós, enquanto Comissão de Atletas Olímpicos, estamos bastante satisfeitos, porque também parte do programa está muito direcionado para a preparação olímpica. Vemos isso com bons olhos e bom agrado, porque queremos as melhores condições para os nossos atletas", referiu.

Em declarações à agência Lusa, o antigo canoísta disse que até esperava "um pouco mais" do que o aumento para 30 milhões de euros (ME) do contrato-programa da preparação olímpica para Los Angeles2028, mais oito ME do que para Paris2024 e praticamente o dobro do Rio2016.

"Mas ao mesmo tempo vamos pensar que as pessoas estão a fazer mediante as possibilidades, mediante a situação económica do país. [...] Eu, enquanto ex-atleta de alto rendimento, pensava da seguinte forma: se não me dão mais é porque não conseguem dar mais. Vamos ser otimistas nesse aspeto. No que diz respeito aos atletas, eles pensam dessa forma e ninguém mais do que eles quer competir e ganhar bons resultados para Portugal", assumiu.

Emanuel Silva mostrou-se também satisfeito por o Governo ter apresentado um Plano Nacional de Desenvolvimento do Desporto (PNDD) com um prazo de 10 anos, até 2036, e com um montante estimado de execução de 130 ME.

"O futuro tem de ser sempre salvaguardado, seja no projeto olímpico, seja nas esperanças olímpicas, seja no alto rendimento, seja no próprio desporto nas escolas, seja de várias pontes. Obviamente que, sendo um plano há 10 anos, dá-nos aqui alguma segurança para acreditar que melhores tempos virão e que estamos no caminho certo", afirmou.

Para o medalha de prata em K2 1.000 nos Jogos Olímpicos Londres2012, ao lado de Fernando Pimenta, "há um reconhecimento por parte do Governo, por parte da tutela, do desporto português" e "uma preocupação imensa" e "isso é bom para todos, seja para o alto rendimento, seja para o projeto olímpico, seja para as esperanças olímpicas, seja até para o desporto escolar, para as famílias portuguesas, porque uma sociedade sem desporto é uma sociedade um bocadinho acabada".

Outra das medidas apresentadas é a possibilidade de alguns atletas, no final da carreira, poderem ser integrados nas forças de segurança ou em forças militares, algo que a CAO já vinha "a alertar a tutela", porque "há muitos atletas que depois ficam um bocadinho perdidos no seu pós-carreira".

"Se virem salvaguardado o seu pós-carreira dentro dessa área, seja forças armadas, seja Polícia de Segurança Pública, seja em alguma atividade direcionada no Governo, digamos assim, é uma mais-valia. Uma vez que nos outros países já se pratica e porque aqui em Portugal nunca se praticou. Por isso, são passos sólidos e firmes que estão a ser dados", assumiu.

Questionado sobre se a CAO acrescentaria algo a este plano, Emanuel Silva assumiu que o organismo foi ouvido e que as medidas que sugeriram acabaram por ser adotadas.

Por Lusa
Deixe o seu comentário
Newsletters RecordReceba gratuitamente no seu email a Newsletter Premium ver exemplo
Ultimas de Modalidades Notícias
Notícias Mais Vistas