Criaram um 'falso' campeonato, com transmissões em direto e até um canal no Telegram
Normalmente o críquete não é um desporto muito falado em Portugal - nem praticado... -, mas esta inusitada história que nos chega da Índia merece a exceção. Tudo aconteceu na remota aldeia de Molipur, em Mehsana, onde um grupo de amigos indianos decidiu criar um esquema altamente avançado para tentar enganar apostadores russos (na sua maioria das cidades de Tver, Voronezh e Moscovo). E até o conseguiram durante umas duas semanas, até que a polícia descobriu o que se passava e prendeu alguns dos envolvidos.
E quando dizemos altamente avançado... era mesmo. O esquema, segundo a imprensa local, passou por criar um falso campeonato indiano de críquete - iniciado três semanas depois do final do verdadeiro -, com honras de transmissão televisiva num canal de Youtube com toda a aparência de ser oficial (de seu nome 'IPL'), e ainda uma página oficial no Telegram, onde eram feitas as apostas e acertada a transferência do dinheiro.
Os jogadores eram agricultores e jovens desempregados da região, que iam passando pelos diversos jogos utilizando as camisolas das equipas verdadeiras do campeonato (Chennai Super Kings, Mumbai Indians e Gujarat Titans). Os 'craques' eram sempre os mesmos, só mudavam mesmo as camisolas e ninguém reparou. É que toda a cena parecia real, já que segundo os relatos feitos a transmissão dos encontros era em alta definição, havia comentadores a analisar o que se passava e até som ambiente a pontuar as jogadas mais entusiasmantes. Claro, com o recurso a gravações que eram cirurgicamente ali colocadas.
O esquema acabou por ser descoberto pela polícia de Mehsana, que até agora já fez quatro detenções, entre os quais o mentor de toda a operação, que tinha regressado à aldeia recentemente depois de ter estado a trabalhar durante oito meses num famoso bar russo conhecido precisamente pela sua operação de apostas. Shoeb Davd aprendeu como se fazia e decidiu utilizar os ensinamentos para seu benefício. "Shoeb Davda comprou uma quinta, instalou lá lâmpadas de halogéneo, abordou 21 trabalhadores e prometeu-lhes 400 rupias (5 euros) por cada jogo. Em seguida contratou um operador de câmara e comprou camisolas das equipas da IPL", disse um responsável policial.
No seu depoimento, Shoeb revelou ainda que o esquema foi trabalhado no período em que esteve na Rússia, quando em conjunto com um colega começou a ensinar alguns pormenores da modalidade aos clientes do pub. Despertou a sua atenção e o passo seguinte foi fácil de se fazer perante russos viciados em apostas. No regresso a casa, puxou para o esquema alguns amigos, que serviram de árbitros e também de comentadores para tornar tudo (aparentemente) real.
Tudo corria bem, até que a polícia descobriu o que se passava e os apanhou no preciso momento em que estava a chegar o primeiro pagamento das apostas. Não se sabe ao certo o valor envolvido, mas é provável que o gasto dos apostadores russos tenha sido avultado.
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