Daniel Monteiro sobre o plano aprovado pelo Governo: «Só terá impacto real se vier acompanhado dos meios necessários»

Presidente da Confederação do Desporto de Portugal

Daniel Monteiro, presidente da Confederação do Desporto de Portugal
Daniel Monteiro, presidente da Confederação do Desporto de Portugal • Foto: CDP

A Confederação do Desporto de Portugal (CDP), pela voz do seu presidente, Daniel Monteiro, reagiu a Record sobre o Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo (PNDD) aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros realizado no Jamor.

O dirigente lembra, contudo, que muitas das medidas aprovadas já tinham sido reivindicadas pelas federações e alerta para a necessidade da execução deste plano estar devidamente enquadrado.

Eis a reação de Daniel Monteiro, presidente da CDP:

"O anúncio do Plano de Desenvolvimento Desportivo é um sinal claramente positivo. Aliás, importa referir que a Confederação do Desporto de Portugal e as federações desportivas, em janeiro de 2024, apresentaram ao Governo e aos partidos políticos que assumissem como prioridade a criação de um plano estratégico para o Desporto que definisse metas, objetivos e um caminho estruturado para o futuro do setor, como resposta a vários desafios. É, por isso, muito relevante ver aqui apresentadas medidas que respondem, precisamente, a esses desafios.

Contudo, é essencial que existam recursos que permitam tornar este plano efetivamente exequível. Os seis pilares identificados pelo Governo correspondem a necessidades há muito reconhecidas pela Confederação do Desporto de Portugal, pelas federações e pelos clubes: democratizar o acesso à prática desportiva, com iniciação escolar; articulação entre o desporto escolar e o federado; melhores condições para os clubes desenvolverem atletas; medidas para combater o abandono precoce da prática desportiva; desenvolvimento de quadros competitivos mais robustos e alargados por parte das federações desportivas, entre outras medidas.

Este Plano, que faz um diagnóstico à realidade desportiva atual e traça objetivos de médio prazo, é muito importante, mas só terá impacto real se vier acompanhado dos meios necessários. As federações têm ambição, querem fazer ainda mais e melhor, mas precisam de recursos suficientes para concretizar o que agora é proposto pelo Governo. A esse respeito, importa recordar que o financiamento à atividade das federações desportivas, considerando o impacto da inflação, é inferior ao de há 20 anos".

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