Tomás Bessa consistente segura top-5 no Alps Tour

• Foto: GreatGolf

Tomás Bessa consistente segura top-5 no Alps Tour

 

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O campeão nacional de 2020 vem de dois top-15 e um top-10 em quatro torneios internacionais

 

Tomás Bessa foi um dos grandes ausentes nos dois torneios do circuito profissional português que a Federação Portuguesa de Golfe (FPG) realizou recentemente em Lagos e Amarante. Mas teve uma boa razão – a aposta nos circuitos internacionais está a dar bons resultados e no último mês alcançou um top-10 e dois top-15, em quatro torneios disputados.

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“Este ano terei de tomar uma decisão muito inteligente em relação aos torneios que vou querer jogar, para evitar um ‘burnout’, um excesso de torneios”, disse esta segunda-feira a Record, depois do 12.º lugar obtido no Open de la Mirabelle D’or, uma prova francesa do Alps Tour, de 40 mil euros em prémios monetários. O Alps Tour – uma das terceiras divisões europeias – está a alongar cada vez mais o seu calendário. No início do ano eram 16, agora já são 19, com um potencial 20.º torneio na Tunísia ainda por confirmar. Há ali um período, de julho a setembro, em que não há torneios do Alps Tour. Será uma altura em que poderei focar-me mais no Challenge Tour – a segunda divisão europeia –, aproveitando os convites que a FPG possa arranjar-me”, acrescentou o português de 25 anos.

 

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“Até lá, o meu foco está a 100% no Alps Tour. Às vezes é preciso dar um passo atrás para depois dar dois para a frente e o meu principal objetivo este ano é subir ao Challenge Tour através do Alps Tour”, reforçou Tomás Bessa, explicando o motivo de preferir os torneios de uma divisão inferior.

 

No fundo, a sua estratégia é semelhante à de Pedro Figueiredo quando, em 2017, também apostou no Pro Golf Tour (outra terceira divisão europeia) em detrimento do Challenge Tour, para fechar a época no top-5 desse circuito germânico e depois ascender por direito próprio à segunda divisão europeia. Feito repetido no ano passado por Tomás Melo Gouveia. É o tal passo atrás para dar depois dois para a frente.

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No Alps Tour, o top-5 no final deste ano também é promovido ao Challenge Tour em 2023 e a opção de Tomás Bessa está a dar resultado. É certo que já esteve no 2.º lugar da Ordem de Mérito do circuito transalpino e agora surge no 4.º posto. Mas tem-se cotado como um valor seguro do top-5 e soma 16.095,36 pontos, mais 800 do que o 6.º classificado, o italiano Stefano Mazzoli, a sua maior ameaça neste momento. Entre finais de março e finais de maio, em apenas dois meses, disputou sete torneios no Alps Tour e colecionou cinco top-10’s, incluindo a vitória no New Giza Open, tornando-se no primeiro português a ser coroado campeão de um torneio deste circuito.

 

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Mesmo antes do recente 12.º lugar (-9) no Open de la Mirabelle D’or, tinha sido 8.º (-11) noutro evento de 40 mil dólares, o Memorial Giorgio Bordoni. E na semana anterior a essa prova realizada em Como, Itália, competira no Challenge de España, onde foi 13.º (a Par), a sua melhor classificação de sempre no Challenge Tour.

 

“Neste momento, o meu jogo está melhor. As alterações que fiz com o meu treinador (Gonçalo Pinto) já deram frutos neste último torneio, embora o putt tenha-me deixado um bocado mal nos dois primeiros dias em que estive algo confuso em determinados aspetos técnicos. Mas depois, no último dia, já fiquei com as ideias mais claras na cabeça”, disse Tomás Bessa, explicando a sua constante melhoria de resultados, de dia para dia.

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Com efeito, neste Open de la Mirabelle D’or, o profissional da Ping teve voltas de 69, 67 e 65, sempre em progressão, para um total de 201 pancadas, 9 abaixo do Par do Golf de la Grange aux Ormes, em Metz. Ficou a apenas 1 ‘shot’ de um sexto top-10 na época e recebeu um prémio de 896 euros.

 

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No Memorial Giorgio Bordoni tinha agregado 199 (67+66+66), -11, no Golf Club la Pinetina, para um prémio de 1.420 euros. E no Challenge de España, no Iberostar Real Club de Golf Novo Sancti Petri, em Cádis, um torneio de 250 mil euros, totalizara 288 (72+76+71+69), Par, embolsando 3.513,9 euros. Ou seja, em 10 voltas realizadas, jogou oito delas abaixo do Par.

 

“Estou entusiasmado por estar a jogar bem e por ter agora vários torneios seguidos pela frente no Alps Tour”, referiu o jogador da Cigala.

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No fundo, neste período de um mês, Tomás Bessa só teve um mau torneio, quando falhou o cut no D+D REAL Czech Challenge, uma prova de 260 mil euros, realizada no Golf & Spa Kunetická Hora, em Drítec, na Chéquia. Aí acumulou 147 pancadas, 7 acima do Par, após voltas de 75 e 72.

 

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“Também é verdade que nesse campo o ‘setup’ era mais exigente”, desculpou-se o jogador da Zurich. No entanto, julga que a razão desse rendimento menor ficou a dever-se a causas mais profundas. Eis a sua explicação:

 

“No último mês joguei muitas voltas seguidas, muitos torneios. Foi uma altura em que tive muito pouco contacto com o meu treinador. Aliás, pessoalmente nem foi possível estar com o Gonçalo Pinto. O meu jogo veio a decrescer de qualidade porque há sempre erros que em competição vão aparecendo ou que, por estar em competição, não estou tão atento a determinados aspetos técnicos. De vez em quando foram aparecendo uns shots mais estranhos durante as voltas, que foram-me retirando alguma confiança. Essa fase terminou exatamente com esse torneio do Challenge Tour e, coincidência ou não, foi o torneio que correu-me pior”.

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Detetado o problema, não foi difícil corrigi-lo: “Depois disso, consegui ir uns dias para o Algarve, para estar com a minha família, com os meus amigos, ver o meu treinador e, realmente, ajustámos algumas coisas. Nada de muito profundo, só pormenores de alinhamento, de colocação de bola, que depois fazem uma diferença brutal e podem significar um ou dois shots”.

 

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Este 12.º lugar em França, entre 141 competidores, é já uma consequência positiva desta nova fase. Terminou empatado com os franceses Alexandre Daydou (71+65+65) e Victor Trelet (65+66+70), a 1 pancada do trio dos 9.º’s classificados.

 

O vencedor foi o amador francês Tom Vaillant (65+68+63), após um ‘play-off’ com o italiano Manfredi Manica (64+68+64), depois de terem empatado com 196 (-14). Manica arrecadou o prémio monetário reservado ao vencedor, no valor de 5.800 euros.

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Por Hugo Ribeiro
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