Tomás Bessa em progresso no Abruzzo Alps Open

• Foto: Federico Capretti/Alps Tour

Tomás Bessa continua a progredir a olhos vistos e mesmo quando não joga ao seu melhor nível mantém uma trajetória evolutiva positiva na sua carreira.

O campeão nacional de 2020 foi hoje (sexta-feira) 22.º classificado no Abruzzo Alps Open, em Itália, sendo apenas a terceira vez em seis torneios disputados este ano no Alps Tour em que não conseguiu um top-10. Contudo, quer essa classificação de 22.º, quer o resultado agregado de 6 abaixo do Par superaram o 35.º posto (-3) com que terminara este mesmo torneio em 2021.

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O torneio de 40 mil euros em prémios monetários disputou-se no Miglianico Golf & Country Club de Pescara, um Par-70, entre 136 jogadores. Para além de Tomás Bessa, também Vítor Lopes participou, mas desta feita não passou o cut, concluindo a sua prestação no grupo dos 75.º classificados (+2), com o cut a fixar-se em -2.

Fechada esta sexta etapa do Alps Tour, uma das terceiras divisões do golfe profissional europeu, Tomás Bessa mantém o 2.º lugar na Ordem de Mérito, com 11.595,86 pontos, só atrás do italiano Stefano Mazzoli (12.687,86 pontos), enquanto Vítor Lopes ocupa a 44.ª posição com 2.040,30 pontos. No final da época, os cinco primeiros classificados ascendem ao Challenge Tour, a segunda divisão europeia.

Tomás Bessa queria naturalmente mais do que um 22.º lugar em Pescara, sobretudo depois de ter ameaçado lutar pelo título, na sequência de uma primeira volta em 64 pancadas, 6 abaixo do Par, que colocou-o então no 2.º lugar. "Fiquei muito satisfeito com a primeira volta, pois consegui que todas as partes do jogo estivessem bem", disse a Record o português de 25 anos.

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Sendo o segundo ano seguido em que participou na prova, já sabia mais o que esperar de um traçado nada fácil: "Já conhecia o campo, por já ter jogado no ano passado, e as condições em que o encontrámos estavam parecidas. Apenas o buraco 1, que era um Par-5, foi jogado este ano como Par-4, mas dum tee mais à frente. É um campo complicado, tem buracos de clara chance para birdie e outros difíceis. Os greens são muito pequenos e a relva à volta do green é muito inconsistente, pelo que chipar à volta dos greens é também complicado".

Mesmo assim, Tomás Bessa logrou a sua melhor volta de sempre no Alps Tour, um circuito em que estreou-se em 2018. Já por três vezes tinha feito voltas de 6 abaixo do Par, mas com resultados de 65 ou 66. Em termos estatísticos, esta primeira volta de 64 (-6) passou a ser o seu melhor em seis temporadas – mais um sinal do tal progresso.

Simplesmente, depois disso, nos dois últimos dias (ontem e hoje), não conseguiu melhor do que duas voltas consecutivas de 70 pancadas (igualando o Par do campo), escorregando na classificação para 8.º após a segunda volta e para o 22.º lugar final.

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"Nas duas últimas voltas, especialmente na segunda, perdi muitas pancadas nos greens e foi um bocado frustrante, pois poderia ter feito um torneio mais consistente e acabei por ir perdendo lugares na classificação", lamentou-se o profissional da PING.

Tomás Bessa tem a noção de que poderá não ter jogado o que desejava nos dois últimos dias (8 birdies e outros tantos bogeys, enquanto no primeiro dia concretizara 8 birdies para apenas 2 bogeys), mas sabe que está a atravessar a melhor fase na sua carreira.

Terminou 2021 com uma vitória no PGA Portugal Players Championship; voltou a ganhar em duas etapas do PT Tour de 2021/2022; e já em março tornou-se no primeiro português a conquistar um título no Alps Tour, arrancando depois mais um 4.º e um 6.º lugar. Daí o tal 2.º posto que ocupa no ranking de 2022, tendo amealhado 10.592 euros em seis torneios.

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"Continuo confiante no meu jogo, apesar de não ter estado tão bem nestes últimos dias. A época é longa e ainda vai no início, por isso, há que ser paciente e continuar a evoluir nos pontos que estão menos bem", sublinhou o jogador da Cigala, que irá participar no próximo torneio do Alps Tour.

Trata-se do Molinetto Alps Open, igualmente de 40 mil euros, de 4 a 6 de maio, no Molinetto Country Club, em Milão. E aí Tomás Bessa poderá igualar um recorde pessoal que alcançou no ano passado, o de passar o cut em todos os sete primeiros torneios de uma época no Alps Tour.

O título do Abruzzo Alps Open foi disputado até ao último ‘shot’ e teve direito a prolongamento, pois três jogadores empataram na frente aos 54 buracos regulamentares com o resultado de 198 pancadas (-12): o espanhol Manuel Morugan, o irlandês David Carey e o neerlandês Koen Kouwenaar.

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Foi, por isso, necessário recorrer a um ‘play-off’, ganho por Manuel Morugan com 1 birdie no buraco 10. Foi o seu primeiro título no Alps Tour.

Os resultados finais dos três primeiros classificados e dos portugueses no Abruzzo Alps Open, entre 136 participantes, foram os seguintes:

1.º Manuel Morugan (Espanha), 198 (68+65+65), -12, €5.800

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2.º David Carey (Irlanda), 198 (67+69+62), -12, €3.250

2.º Koen Kouwenaar (Países Baixos), 198 (63+68+67), -12, €3.250

22.º (empatado) Tomás Bessa, 204 (64+70+70), -6, €557,71

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75.º (empatado) Vítor Lopes, 142 (71+71), +2, falhou o cut

Por Hugo Ribeiro/FPG
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