Perdi muitos shots por más decisões, muitas vezes entre ferros, também arrisquei no segundo shot num Par-5, no buraco 16, não deveria ter arriscado e fiz um duplo-bogey. O putt não colaborou e foi daqueles dias de remar contra a maré", explicou o português de 25 anos.
Tomás Bessa tem por objetivo, em 2022, terminar no top-5 da Ordem de Mérito do Alps Tour, uma das terceiras divisões do golfe europeu, de modo a ascender em 2023 ao Challenge Tour, a segunda divisão.
Nesse sentido, é forço reconhecer que o 25.º lugar no Aravell Golf Open foi uma classificação negativa, pois caiu no ranking de 4.º para 6.º e agora terá de recuperar nas próximas semanas. No entanto, também é de elogiar como foi capaz de dar a volta por cima a uma má primeira volta, para terminar em grande o torneio de 40 mil euros em prémios monetários.
O campeão nacional de 2020 totalizou 207 pancadas, 6 abaixo do Par do Aravell Golf & Country Club, um campo andorrenho que recebeu pela primeira vez no Alps Tour, após voltas de 74, 67 e 66. Empatou com mais quatro jogadores, um deles amador, e cada um dos profissionais recebeu 564 euros de prémio pecuniário. "Apesar de ter passado o cut, não foi um torneio positivo. Obviamente que, depois de uma primeira volta de 3 acima do Par, estava bastante fora do cut, e foi bom ter passado o cut. Mas a primeira volta comprometeu o meu desempenho. Perdi muitos shots por más decisões, muitas vezes entre ferros, também arrisquei no segundo shot num Par-5, no buraco 16, não deveria ter arriscado e fiz um duplo-bogey. O putt não colaborou e foi daqueles dias de remar contra a maré", explicou o português de 25 anos.
Foi apenas a terceira volta em 74 pancadas de Tomás Bessa em 11 torneios disputados no Alps Tour de 2022, num total de 32 rondas e não somava 74 desde fevereiro. Mas a sua reação nas duas voltas seguintes foi digna do jogador que este ano tornou-se no primeiro português a conquistar um título do Alps Tour. "Fiquei feliz de no dia seguinte ter lutado, de ter passado o cut e de ter melhorado ainda mais na última volta, na qual fiz apenas 1 bogey, num Par-5 que nem deveria ter acontecido pois estava a condições de fazer um birdie", acrescentou, depois das voltas finais em 67 e 66. Note-se, que voltando a esta época, em 32 voltas, só teve um 64 e dois 65 melhores do que o 66 do último dia em Andorra!
A discrepância de resultados entre o primeiro dia e os dois últimos ficou também a dever-se às características muito especiais do percurso. "Este é um campo novo e não foi fácil adaptar-me às diferenças de altitude. Estávamos a quase mil metros, a bola voava bastante e é preciso ajustar as distâncias. Ao mesmo tempo, temos de acreditar que a distância é a correta com um swing normal. A distância dependia também do voo de bola. Se não fosse tão alta, não andava tanto, e exigia consistência. Foi ficando mais natural (o voo e a distância) ao longo do segundo e terceiro dia", sublinhou o jogador da Cigala.
Talvez por isso nas duas últimas voltas, em 36 buracos, Tomás Bessa só tenha perdido 3 pancadas, tendo, em contrapartida, colecionado 12 birdies. Foram duas boas voltas, mas mesmo numa terceira divisão europeia não há lugar a percalços. "O Alps Tour está bastante competitivo, com resultados muito bons. O resultado do Tom demonstra que está a jogar um golfe fabuloso. Ganhou por 6 shots, é impressionante e não fez nenhum bogey", frisou Tomás Bessa.
O campeão foi Tom Vaillant, com 191 (63+65+63), -22, um amador que conquistou o seu segundo título seguido no Alps Tour, fazendo com que já pense em tornar-se profissional no final deste ano, depois de alguns compromissos que ainda tem em 2022 com a seleção amadora da Federação Francesa de Golfe.
O vice-campeão, a 6 pancadas de distância, foi o profissional finlandês Eemil Alajarvi (62+67+68), que embolsou os 5.800 euros do primeiro prémio monetário.
Tom Vaillant subiu à 1.ª posição da Ordem de Mérito, ultrapassando o jogador português, que foi superado ainda pelo italiano Stefano Mazzoli, 7.º (-12) em Andorra. Daí a perda de 2 posições do ranking do jogador residente no Algarve, para fora do tal top-5 que no final da época é promovido ao escalão superior.
"Não deixei de somar pontos para o ranking e, apesar de ter descido para o 6.º lugar, ainda faltam muitos torneios. Há bastantes jogadores com hipóteses de subir (ao Challenge Tour) e eu quero estar entre eles. Para tal, tenho de limar estes erros e de analisar melhor as voltas que não me correm tão bem. Preciso de estar todas as semanas a discutir torneios porque só assim vou conseguir estar no final do ano no top-5, o meu objetivo", disse o jogador da Cigala, que este ano já somou cinco top-10’s em 11 torneios disputados. "Agora vou estar dois dias com o meu treinador e depois tenho um torneio quase em casa, em Aiamonte, a 50 minutos do Laranjal", acrescentou Tomás Bessa.
Com efeito, o próximo torneio deste circuito será o Alps de Andalucia, também com um ‘prize-money’ de 40 mil euros, de 23 a 25 de julho, no Valle Guadiana Links, em Isla Canela.
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