Pedro Figueiredo e Pedro Lencart partilharam o estatuto de melhores portugueses, em 7.º
O inglês Chris Wood, um antigo membro da seleção europeia da Ryder Cup, conquistou esta quinta-feira o Rolear Algarve Classic, o segundo torneio do calendário regular de 2026 do Mena Golf Tour o circuito profissional do norte de África e do Médio Oriente.
Pedro Figueiredo e Pedro Lencart partilharam o estatuto de melhores portugueses nesta competição que contou com 86 participantes e distribuiu 100 mil dólares (cerca de 86 mil euros) em prémios monetários. Este ano, no nosso país, só o Open de Portugal at Royal Óbidos, do HotelPlanner Tour (a segunda divisão europeia), ofereceu um prize-money superior.
O campeão, que, logo no primeiro dia, tinha sido um dos três jogadores a baterem o Par do campo – o O’Connor Course, do Amendoeira Golf Resort –, graças a uma primeira volta de 65 pancadas, 7 abaixo do Par, liderou do início ao fim (‘wire-to-wire’) e apresentou rondas nos dias seguintes de 68 e 67, para um resultado final de 200 (-16). Embolsou 18 mil dólares de prémio e bateu por 1 única pancada Aidan O’Hagan (65, 69 e 67). O escocês de 21 anos quase forçou a um ‘play-off’, mas fez uma ‘gravata’ no putt que teve para birdie no último buraco. Ganhou 11 mil dólares.
Pedro Figueiredo foi o melhor português no último dia, com um cartão final soberbo de 65 (-7), impressionante para o vento que se fez sentir, mas não pode juntar-se a Wood, O’Hagan, ao italiano Aron Zemmer e ao português Vasco Alves, como os recordistas do campo, porque o endiabrado alemão Max Schmitt rebentou a escala com 63 (-9), detendo ele agora o melhor resultado deste percurso, das saídas ‘douradas’. "Não é a minha melhor volta e até sou um dos raros jogadores a ter feito uma volta em 59 pancadas, num torneio de um circuito menor, na Alemanha", declarou.
‘Figgy’ tinha sido vice-campeão na semana passada e agora arrancou outro top-10 em torneios do Mena Golf Tour em Portugal, desta feita com o resultado final de 208 (74+69+65), -8. Na Aroeira amealhara 11 mil dólares, agora juntou-lhe mais 2.400 dólares. O campeão nacional de profissionais de 2013 e 2024 está a equacionar "a hipótese de poder jogar mais torneios deste circuito em 2026, se puderem ser encaixados no meu calendário do HotelPlanner Tour".
Pedro Figueiredo esteve algumas horas como o melhor português da prova, mas, mesmo ao cair do pano, Pedro Lencart arrancou 1 birdie no último buraco para empatar com o seu homónimo com 208 (-8), após três voltas abaixo do Par (69+68+71). Também ele arrecadou 2.400 dólares. "Já na Aroeira tinha feito três voltas abaixo do Par", frisou o campeão nacional de profissionais de 2021 e 2022.
Para além dos dois ‘Pedros’, no que se refere a portugueses, Vasco Alves foi 14.º empatado com 201 (73+65+72), -6, o que valeu-lhe 1.366 dólares; José Miguel Franco de Sousa não pode receber prémio por ser ainda amador, mas fez uma boa volta de -5 hoje para concluir, no 20.º posto empatado, com um total de 212 (69+76+67), -4; Tomás Bessa foi 23.º empatado com 213 (71+68+74), -3; Tomás Melo Gouveia foi 34.º empatado com 216 (70+70+76), Par e Ricardo Santos também foi 34.º empatado com 216 (77+70+69), Par.
É impossível não destacar o amador José Miguel Franco de Sousa, com duas boas voltas abaixo do Par, sobretudo a de hoje (-5), a sua melhor ronda de sempre em torneios de circuitos profissionais. "Sim, -4 foi o meu melhor agregado até agora em torneios profissionais. Sentia-me bem no campo de treino e nos primeiros buracos também. Sabia que se conseguisse meter alguns putts, tinha mais do que jogo para fazer mais voltas como esta", declarou o jogador das seleções nacionais amadoras.
Na véspera (quarta-feira) tinham passado o cut 67 jogadores. Entre os eliminados constavam três portugueses que obtiveram as seguintes classificações e resultados:
70.º (empatado) Hugo Camelo, 151 (77+74), +7
74 (empatado) Nelson Cavalheiro, 155 (79+76), +11 (sénior)
81.º Ricardo Garcia, 161 (77+84), +17
O saldo dos portugueses, para um torneio deste nível, é positivo e animador, mas é impossível não sentir que este 1.º Rolear Algarve Classic estreou-se da melhor maneira, ao coroar um campeão de classe mundial.
Chris Wood tem um belíssimo palmarés. Chegou a ser o melhor amador no The Open Championship e foi 3.º classificado nesse torneio do Grand Slam, também conhecido por British Open. Venceu três torneios no European Tour (hoje em dia, DP World Tour), a primeira divisão europeia, entre os quais o prestigiado BMW PGA Championship. Mas não vencia um torneio internacional desde 2016!
Um jejum de mais de nove anos, durante os quais conseguiu alguns bons resultados (este ano fez um top-10 no DP World Tour), mas sem conseguir erguer troféus. "Vencer é sempre importante, seja em que circuito for", disse ao press officer do Mena Golf Tour, Alex Gallemore, antes de parar a entrevista, para tentar conter as lágrimas, quando lhe perguntaram se o regresso a casa, à família, seria mais saboroso após tantas semanas de ausência.
Está há pouco menos de um mês em Portugal para preparar o seu regresso ao melhor nível. Aos 38 anos continua a dar no duro como sempre. Veio treinar ao Amendoeira Golf Resort, curiosamente no Faldo Course «porque não sabia que o torneio seria, afinal, no O’Connor». Depois, esteve uma semana no Troia Golf, onde foi o primeiro da Escola de Qualificação deste Mena Golf Tour (liderou da primeira à última volta), ganhando assim o direito de competir neste circuito em 2026.
Ora, como a época de 2026 iniciou-se ainda este ano, na semana passada, no PGA National Aroeira, Wood fez questão de estar presente. Não venceu, mas não andou longe, terminando no 7.º lugar (-10). Hoje, no concelho de Silves, veio finalmente o momento por que tanto esperou, após «períodos difíceis, de falta de confiança».
Já depois das referidas emoções na entrevista para os media internacionais, mostrou-se de novo mais calmo na conversa com os media portugueses e explicou a importância de voltar a sentir-se na pele de um campeão de torneios, sendo este o seu quinto título internacional enquanto profissional: "É um grande passo em direção ao que poderemos chamar de uma segunda carreira. Tenho tido as minhas lutas nos últimos anos, levei muito tempo a superá-las, mas vencer, seja em que evento for, traz-nos de volta sempre os mesmos sentimentos e hoje voltei a ter essas sensações do que é ganhar um torneio e isso já não acontecia há um bom tempo".
A cerimónia de entrega de prémios contou com a presença do britânico Keith Waters, o Chairman (presidente) do Mena Golf Tour (e ex-COO do European Tour), dos portugueses António Parreira Afonso (presidente do Rolear Group) e João Fernandes (CEO do Amendoeira Golf Resort e antigo presidente do Turismo Algarve).
Keith Waters disse que "ainda é cedo para garantir que haverá de novo um torneio do Mena Golf Tour no Algarve para o ano, mas estamos em negociações avançadas, os jogadores adoraram e querem voltar".
Pedro Figueiredo e Pedro Lencart partilharam o estatuto de melhores portugueses, em 7.º
Golfista português, em estreia absoluta do DP World Tour, fechou o dia com 69 pancadas
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