Responsável da formação e hóquei feminino deixou o clube sete anos depois
Na última época, o Benfica festejou os títulos de campeão nacional em sub-13, sub-17 e sub-20, para além de todos os troféus nacionais no hóquei feminino, uma hegemonia que dura há mais de 10 anos em Portugal. O denominador comum nos escalões de formação e no hóquei feminino foi João Rodrigues, dirigente que abandonou recentemente o emblema da Luz, após sete anos de serviço ao clube encarnado. Primeiro como coordenador da formação, mais tarde acumulando esta função com o cargo de team manager do hóquei feminino.
Na formação, o Benfica assumiu-se nos últimos anos como um dos clubes de maior sucesso, dividindo protagonismo sobretudo com o Valongo. Ex-jogador de hóquei em patins e filho de João Rodrigues, o agora ex-responsável das águias ajudou a criar equipas de sucesso e a desenvolver talentos que hoje vão dando cartas como Zé Miranda, Lucas Honório ou Tiago Sanches.
"Conseguimos ser a equipa com mais jogadores nas seleções nacionais e a equipa com o maior rácio de vitórias em campeonatos nacionais e distritais. Sinto-me orgulhoso deste caminho traçado", realça a Record João Rodrigues.
Pai de duas meninas, o ex-dirigente das águias deixa o Benfica para dedicar mais tempo à família e devido às recentes mudanças na liderança na modalidade com a subida de Miguel Campos a coordenador do hóquei em patins.
"Em maio já tinha comunicado ao presidente Rui Costa que queria sair. Aliás, no ano anterior, já tinha comunicado a intenção de sair. Desde que estou no Benfica fui pai duas vezes, casei, e a verdade é que os treinos são sempre muito tarde. O presidente pediu-me para ficar mais um ano", revela, explicando mais detalhes da saída. "Saio porque o caminho que ia começar a ser seguido na formação não era aquele que eu tinha idealizado. Quando comecei a sentir que as coisas iam começar a mudar, achei por bem tomar a decisão de sair, mas saio com o sentimento de dever cumprido."
Sobre Luís Filipe Vieira e Rui Costa, os dois presidentes com quem lidou, João Rodrigues deixa elogios. "Na questão da formação, sempre senti um reconhecimento muito grande por parte tanto de Luís Filipe Vieira e de Rui Costa. Os primeiros contratos que foram feitos na formação - Zé Miranda, Jota, Ramalho, Lucas Honório… - foram com a anuência de Luís Filipe Vieira. Com o Rui Costa, o acompanhamento também foi sempre muito próximo e preocupado com as condições que nós tínhamos para os nossos atletas."
Tiago Rafael, ex-jogador do Benfica, fica agora responsável pela coordenação da formação. "A colocação de uma estrutura nova faz com que os team managers atuais passem a ser secretários técnicos. Nada contra, é uma função muito importante, mas não se enquadrava com o meu perfil."
A convocatória para o Mundial
Campeãs há 11 épocas seguidas, o hóquei feminino do Benfica tem vivido um domínio histórico no desporto em Portugal. No entanto, o domínio sem paralelo não se traduziu numa convocatória para o Mundial feita quase exclusivamente por jogadoras das águias.
Maria Vieira (guarda-redes) e as avançadas Marlene Sousa e Maria Sofia Silva ficaram de fora das convocatória para Novara, o que culminou com um comunicado do clube e críticas do vice-presidente Fernando Tavares ao selecionador Hélder Antunes que viria, no entanto, a conseguir um 2ª lugar no Mundial, o melhor resultado dos últimos oito anos.
"Não tiro qualidade a nenhuma atleta que foi chamada à Seleção, mas acho que Portugal tem atletas com qualidades superior àquelas que foram chamadas. A Marlene Sousa é um ícone da Seleção, é capaz de ser a figura mais emblemática do campeonato e foi a melhor marcadora este ano do campeonato nacional", argumenta João Rodrigues, que defendeu também Maria Vieira e Maria Sofia Silva.
Sobre o 2º lugar, o ex-responsável da equipa feminina das águias fala de uma equipa de cariz defensivo. "São as escolhas de cada selecionador que depois vivem com os resultados. E eu não atribuo o sucesso e o insucesso de uma seleção nacional a um 2º lugar no campeonato do mundo ou um 3º lugar no campeonato da Europa. Apesar de ter vibrado com a vitória sobre a Argentina, Portugal não foi uma equipa de ataque constante. Com a Espanha perdemos 2-0, mas devemos muito à Cláudia Vicente estes dois resultados, porque efetivamente fez um Mundial extraordinário, É uma atleta com uma qualidade muito grande."
Em relação a Hélder Antunes, João Rodrigues critica a falta de assiduidade do selecionador nos jogos do Benfica. "É um ponto que para mim deve ser alterado. Raras vezes vi selecionadores nacionais num campeonato nacional feminino. Assistiu a muito poucos jogos do Benfica. São escolhas técnicas que temos de respeitar, mas nós também somos livres de fazer uma análise. O Hélder não escolheu as melhores."
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