Jogos dos israelitas decorrem sob fortes medidas de proteção
O pavilhão que recebe o Israel-México só tem bancadas de um lado. Se não fosse o barulho das bolas a baterem nas tabelas, bem audível no exterior, ninguém percebia que ali decorria um jogo de hóquei em patins. A partida arranca a uma hora pouco convidativa (10h). Nas bancadas, a equipa feminina do México vai fazendo de claque, mas o encontro termina com uma vitória de 9-0 de Israel. "Bom jogo, México", gritam os fiéis adeptos, nada incomodados com o resultado.
Entre os adeptos mexicanos está Alejandra Goodman, de máquina fotográfica na mão. "A fotografia é apenas um hobby. Sou noiva do número 11", conta orgulhosa. No pescoço tem um colar com as cores da Palestina, mostrando a solidariedade com as vítimas da guerra em Gaza. "Tinha uma bolsa a dizer 'Free Palestine', mas não me deixaram entrar com isso. O colar justifiquei que eram as cores do equipamento do México", disse Alejandra. De facto, o preto que falta à bandeira do México era a cor dominante na camisola da sua seleção.
Ao mesmo tempo que se disputa o Mundial em Novara, a cidade italiana recebe também a Taça Intercontinental e a Taça Challenge, uma espécie de segunda e terceira divisão do hóquei em patins para países com menos tradição, evitando-se com isso goleadas entre as potências e os países onde a modalidade está menos desenvolvida. E é nesta 'liga dos pequenos' que decorreu este jogo.
#bringthemhome
Para quem entra no Pala Sartorio, quase que parece que vai assistir a um jogo de alta segurança. O conflito entre Israel e o Hamas levou as autoridades italianas a enviarem reforço policial para os encontros de Israel, isto apesar de contarem-se apenas pouco mais de 70 adeptos nas bancadas. Os israelitas jogam sempre de manhã e no pavilhão mais pequeno deste Mundial para haver uma maior segurança.
"Medidas de segurança? É porque nós estamos a jogar", explica a Record o selecionador de Israel Uriel Lirman. "Sabes o que aconteceu a 7 de outubro [aponta para a pulseira]? Nós nesse dia pensávamos que tínhamos exército suficiente nas fronteiras. E não tínhamos. Estávamos errados. Polícias nunca são demasiados", defende.
A seleção de Israel viajou apenas na véspera do primeiro jogo, já que selecionador e os próprios jogadores poderiam ser destacados para o exército.
"Em Israel somos todos soldados, por isso posso ser chamado para a guerra a qualquer momento. Estivemos até ao último dia sem saber se conseguíamos estar aqui. Há um conflito agora no Líbano e está tudo em alerta. Estar aqui acaba por ser uma surpresa e um grande privilégio. Os voos e o hotel tinham a opção de cancelamento 24 horas antes porque não sabíamos se vínhamos ou não. É difícil preparar o Mundial quando não sabes se vais lá estar", conta-nos Lirman, nascido na Argentina, mas desde os 9 anos a viver em Israel.
Se Alejandra traz um colar de apoio à Palestina, Lirman não esquece Israel. No pulso direito tem uma pulseira com a data 7/10/2023, dia do ataque do Hamas a Israel com a mensagem #bringthemhome, uma referência aos reféns que ainda estão em Gaza.
No final do jogo, mexicanos e israelitas abraçaram-se para a foto. No Pala Sartorio, apesar das referências políticas, o desportivismo e o fair play foram o ponto alto da festa.
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