Capitão da seleção espanhola esteve à conversa com o nosso jornal
Apesar de ir para a oitava temporada ao serviço do Barcelona, há hábitos que nunca mudam na vida de Pau Bargalló. Um deles é a recusa em mudar-se para a cidade condal. Prefere pegar no carro todos os dias e fazer a viagem que liga Sant Sadurní d'Anoia, palco do Europeu, até ao Palau Blaugrana. "Em 30 minutos estou à porta do pavilhão", conta o avançado à conversa com o nosso jornal, num sofá do hotel onde está instalada a seleção espanhola.
Aquele que é considerado para muitos o melhor jogador do Mundo é natural da pequena cidade conhecida pela produção do espumante Cava, e de onde saíram grandes jogadores de hóquei: Pau Bargalló, o irmão Jordi, Pedro Gil, Marc Gual ou Sergi Aragonès.
"As competições de seleções são sempre especiais, mas esta aqui é a mais especial porque estou a jogar em casa e tenho na bancada muitos amigos e familiares. A minha casa sempre foi em Sant Sadurní e vou todos os dias para Barcelona para treinar. É aqui que tenho a família e amigos, nunca quis ir viver em Barcelona", explica.
Pau Bargalló tem noção do que se diz e do que se escreve sobre ele. Quando confrontado com o estatuto de melhor do Mundo que muitos lhe atribuem, não fica de peito inchado, mas também não fica surpreendido. Os 26 títulos conquistados aos 29 anos e os quatro prémios de MVP na OK Liga preenchem um cartão de visita que sustenta a desejada fama de melhor do Mundo.
"É bonito que se fale de mim assim. Há muitos jogadores que podem também ser considerados os melhores. Espero que sejam jogadores e treinadores a achá-lo. Vou continuar a treinar e a melhorar porque não há um teto. Nos últimos anos fiz vários golos porque tenho pessoas ao lado que me assistem de forma maravilhosa, tal como o Hélder e o João. É muito fácil jogar no Barça, estou muito cómodo", conta.
Sobre Hélder Nunes, defesa que trocou este verão o Barça para regressar ao FC Porto, o avançado dos catalães lamenta a saída do barcelense.
O interesse do Benfica
Foi em março que Record deu em primeira mão o interesse do Benfica no jogador. Sporting e FC Porto também perguntaram pelo craque, mas são os encarnados que têm mais argumentos financeiros para fazer aterrar em Portugal o capitão da seleção espanhola que termina contrato em 2024 com o Barça. O nosso jornal sabe que a proposta das águias é, por esta altura, superior à oferta que Pau Bargalló tem em mãos para renovar pelo Barça. Cabe ao jogador decidir.
Pau Bargalló não vive numa bolha e soube da notícia. Apesar da insistência, o craque dos catalães não se quis alongar sobre o assunto. "Benfica? É verdade que se falou muito disso, mas estou focado neste Europeu e no ano que vem no Barça. Depois disso veremos. É um campeonato que sigo, tal como todos os jogos da OK Liga, mas estou centrado no Barcelona."
A influência de Jordi
Pau Bargalló enverga a braçadeira de capitão de Espanha que um dia já andou no braço do irmão Jordi, histórico jogador do Liceo que passou cinco anos (2016-2021) ao serviço da Oliveirense. Com 15 anos de diferença, a influência do irmão fez sempre parte da vida de Pau Bargalló.
"Há uma diferença de idades. Sempre me fixei durante 24 horas na forma como ele se comportava como desportiva e como jogador dentro da pista. Tive também a grande sorte de coincidir com ele dois anos no Liceo Corunha. Vi como ele treinava e competia, foi o melhor do Mundo durante muitos anos. Aprendi e desfrutei ao jogar com ele."
A jogar em casa, Paueti Bargalló Poch, de seu nome completo, tem a oportunidade, quem sabe única, de levantar o troféu Europeu no Ateneu Agrícola, casa onde começou a patinar.
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