Paulo Freitas agastado com a pesada derrota no clássico com o Sporting: «Metemo-nos a jeito»

FC Porto cedeu por 5-2 no João Rocha

Paulo Freitas com Edu Lamas
Paulo Freitas com Edu Lamas • Foto: Paulo Calado

Está a ser um arranque de época a nível interno muito aquém das expetativas aquele que o atual bicampeão nacional está a ter... depois de falhar o acesso à final da Elite Cup e perder a Supertaça, ambas, aos sticks do Sporting, o FC Porto soma três derrotas no campeonato e pode cair para o sétimo lugar, ao cabo de sete jornadas, caso o Sp. Tomar vença a partida que tem em atraso. Tudo isto motivou palavras fortes de Paulo Freitas no final da partida no pavilhão João Rocha, após a derrota por 5-2.

"Temos que sair de zonas de conforto que têm que ser definitivamente eliminadas. Percebermos que já temos muita coisa consolidada mas, não podemos ter estes retrocessos que de uma vez por todas temos que os eliminar e isso cada um tem de fazer obviamente a sua introspecção e contribuir de uma forma diferente e mais decisiva para todo o processo", desabafou o técnico, que chegou esta temporada ao Dragão Arena

Relativamente ao jogo propriamente dito ante os campeões mundiais, o técnico dos dragões não poupou críticas aos seus jogadores e deixou claro que "a vitória do Sporting não sofre contestação".

"Faltou-nos muita coisa: ser tão agressivos, intensos e velozes quanto o Sporting. Em alguns momentos, como se costuma dizer na gíria, metemo-nos a jeito. Queríamos obviamente fazer as coisas de forma diferente e temos que perceber claramente que o hóquei mudou. E nós temos claramente que perceber que temos que nos reajustar àquilo que são as novas condições. Termos qualidade só não chega. Temos que criar dinâmicas muito mais fortes de trabalharmos uns para os outros e só dessa forma é que podemos depois desequilibrar. E hoje isso custou-nos a perceber e se calhar os últimos 15 minutos acabam por ser uma mostra daquilo que nós deveríamos ter feito durante o jogo todo", acrescentou.

A exemplo do desaire no pavilhão da Luz ante o atual líder Benfica, os portistas só voltaram a 'acordar' no segundo tempo.

"Sob o ponto de vista das chegadas e de volume de jogo na segunda parte até começámos por estar por cima mas, levámos logo com o quarto golo. Uma situação em que nos expusemos em demasia, que não criámos as devidas coberturas. O hóquei é isto mesmo, temos que perceber que toda a gente tem que atacar e defender, toda a equipa tem que cumprir com determinados pressupostos para que cada vez fiquemos mais fortes. 

Na segunda parte fomos uma equipa mais desinibida, devíamos tê-lo feito desde o início. Faltou-nos mobilidade na bola e sem bola, fundamentalmente isto. E depois como também se diz na gíria temos que correr, não podemos recuperar posses de bola e ficar com três jogadores a ver o que é que vai acontecer com cada um deles e depois a despachar bola para a frente. Não, temos que entrar nesses espaços, desgastar a equipa adversária e sair com confiança porque obviamente também temos essa qualidade. Hoje não o conseguimos fazer e portanto o que temos que fazer é refletir se é isto exatamente aquilo que queremos porque claramente não é porque representamos uma enorme instituição, uma cidade, uma região... E temos que dar claramente respostas diferentes e vamos à procura disso. Só conheço uma forma é com trabalho e toda a gente tem que pensar naquilo que tem de fazer", rematou.

Por Duarte Gomes
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